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Artistas mexicanos parodiam "Emilia Pérez" com estereótipos franceses

Filme indicado ao Oscar provoca críticas no México, levando artistas locais a responderem com curta-metragem satírico

28 jan 2025 - 08h13
(atualizado às 09h12)
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Foto: YouTube/Camila D. Aurora / Pipoca Moderna

Debates sobre representação cultural

"Emilia Pérez", filme protagonizado pela atriz espanhola Karla Sofía Gascón, tem dividido opiniões ao retratar o universo mexicano através de uma narrativa sobre uma narcotraficante em transição de gênero. Aclamado pela Academia com 13 indicações ao Oscar, o longa enfrenta resistência no México, onde a ausência de artistas locais no elenco e a abordagem estereotipada geraram insatisfação.

O descontentamento culminou na criação do curta-metragem satírico, "Johanne Sacrebleu", produzido e estrelado por artistas mexicanos, como forma de ironizar a percepção estrangeira sobre culturas que não lhes pertencem.

Curta-metragem satírico viraliza

Dirigido pela artista trans Camila Aurora González, "Johanne Sacrebleu" é uma comédia musical de 28 minutos que aborda estereótipos franceses de maneira caricatural, invertendo a lógica de "Emilia Pérez". O elenco, formado inteiramente por atores mexicanos, canta em francês mal-falado enquanto retrata clichês como o uso de camisetas listradas, consumo de croissants e baguetes, e a ideia de que franceses não tomam banho.

Em 24 horas desde seu lançamento no YouTube, o curta superou 1 milhão de visualizações, recebendo elogios pela criatividade e crítica implícita. "E o projeto que tanto esperavam finalmente está pronto! Vocês não fazem ideia do quanto amo cada um por terem contribuído, colocando seu grãozinho de areia para que isso se tornasse realidade", declarou a diretora no lançamento do filme.

Recepção e repercussão

O curta foi bem recebido pelo público local, conquistando uma nota 9,9 no IMDB, em um total de 10. Na descrição oficial, "Johanne Sacrebleu" é apresentado como "a verdadeira vida dos franceses em um musical feito por pessoas no México", narrando "a épica história de baguetes, croissants, queijos com cheiro forte e as dificuldades de não tomar banho todos os dias".

Enquanto "Emilia Pérez" segue como um dos favoritos ao Oscar, a produção mexicana reforça o debate sobre representação e apropriação cultural, destacando a perspectiva local em contraposição à visão global que domina o circuito das grandes premiações.

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