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Ator de 'Avatar' diz que quase perdeu carreira para o alcoolismo

Sóbrio há oito anos, Sam Worthington revelou que bebia todos os dias e só parou quando recebeu ultimato da esposa.

19 dez 2022 - 12h04
(atualizado às 17h08)
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Foto: Jesse Grant/Getty Images

Sam Worthington, astro de 'Avatar' e da sequência 'Avatar: O Caminho da Água', que chegou aos cinemas no último dia 15, revelou que quase perdeu a carreira e a família para o alcoolismo.

Em entrevista à revista Variety, o ator contou que depois do lançamento do primeiro filme em 2009, quando encontrou o maior sucesso que já tinha experimentado, acabou "perdendo o controle de sua vida".

Worthington disse que conhecia as cidades do mundo não por seus pontos turísticos, mas pelos seus bares favoritos, e que chegava a tomar quatro ou cinco taças de espumante antes de entrar em um voo de primeira classe.

"Eu não conseguia ver. Achava que era normal", explicou o ator, que costumava começar a beber já pela manhã. "Eu não gostava de quem eu era. Beber me ajudava a passar pelo dia".

"Nove em cada 10 pessoas não saberiam dizer. Eles provavelmente sentiam o cheiro em mim, mas quando olhavam para mim, não percebiam. Eu ainda estava fazendo meu trabalho – só não acho que estava fazendo muito bem", completou.

O comportamento de Worthington se tornou agressivo e imprevisível. Em 2014, ele chegou a ser preso após agredir um paparazzo. "Eu enlouquecia se alguém me pedisse uma foto ou tirasse uma foto minha", lembra o ator. "Se alguém se aproximasse de mim, minha ansiedade disparava".

Eventualmente, a esposa do astro, Lara, lhe deu um ultimato: "Você pode fazer o que quiser, mas eu não preciso ficar perto disso". Depois, o ator lutou para parar de beber e mudar seu estilo de vida.

Agora, com 46 anos e sóbrio há oito, ele está "em um lugar muito melhor". "Quanto mais velho você fica, mais calmo você fica. Quando eu era jovem, eu gritava, ficava de cabeça quente e era inflexível quanto às minhas ideias. Se você ceder um pouco, se comprometer e se comunicar, encontrará algo melhor do que qualquer coisa que você possa imaginar", apontou.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais.

Estadão
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