Coppola diz que não queria que 'Megalópolis' fosse filme 'woke': 'Não está dando sermão'
Cineasta de 85 anos ainda ressaltou a presença de atores "cancelados" no longa-metragem
O diretor Francis Ford Coppola contou que não queria que seu novo filme, "Megalópolis", fosse considerado "woke", em entrevista à edição americana da revista Rolling Stone. A palavra, em inglês, costuma ser utilizada de forma pejorativa para descrever pessoas que são consideradas "muito politizadas" ou "canceladoras".
"O que eu não queria que acontecesse é que fôssemos considerados uma produção 'woke' de Hollywood que está simplesmente dando sermão nos espectadores", disse o cineasta de 85 anos.
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O lendário diretor de "O Poderoso Chefão" e "Apocalypse Now" ainda destacou a presença de atores "cancelados" no filme, como John Voight e Shia LeBeouf.
"O elenco apresenta pessoas que foram canceladas em um ponto ou outro. Havia pessoas que são muito conservadoras e outras que são extremamente progressistas politicamente. Mas estávamos todos trabalhando em um filme juntos. Isso foi interessante, pensei."
Escrito e dirigido por Francis Ford Coppola, "Megalópolis" é um épico de ficção científica. O filme, que concorreu à Palma de Ouro no 77º Festival de Cannes, apresenta Adam Driver (Ferrari, Infiltrado na Klan, franquia Star Wars) como Cesar Catilina, Giancarlo Esposito (Breaking Bad, Better Call Saul, The Boys) como Franklyn Cicero, e Nathalie Emmanuel (Game of Thrones, franquia Velozes e Furiosos) como Julia Cicero.
Na história, a cidade de Nova Roma é palco de um conflito épico entre Cesar Catilina, um artista genial a favor de um futuro utópico e idealista, e seu opositor, o ganancioso prefeito Franklyn Cicero. Entre os dois está Julia Cicero, com a lealdade dividida entre o pai e o amado, tentando decidir qual futuro a humanidade merece. "Megalópolis" será lançado em 31 de outubro no Brasil e distribuído em território nacional pela O2 Play.