Crítica: 'Godzilla Minus One' retorna às dores da guerra e supera tudo de recente sobre o monstro
Longa-metragem resgata o significado original do Godzilla, com a história de um piloto kamikaze traumatizado e uma das melhores cenas do ano no cinema; leia análise
Depois que ganhou Hollywood, o Godzilla nunca mais foi o mesmo. Enquanto os filmes japoneses usavam o monstro como uma representação do medo a partir dos efeitos da Segunda Guerra Mundial, os filmes americanos traziam apenas como uma ameaça vazia - e, até por isso, dificilmente agradam. O novo Godzilla Minus One vai no caminho diferente e resgata o significado original da criatura.
Dirigido e roteirizado por Takashi Yamazaki (Stand by Me Doraemon 2), o longa-metragem se passa imediatamente após conflito do meio do século passado. Koichi (Ryunosuke Kamiki) é um piloto de avião kamikaze que não consegue cumprir sua missão e acaba pousando o avião em uma ilha.
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É lá que ele tem o primeiro contato com Godzilla - traumatizando-o para sempre. Depois, já em Tóquio, acaba encontrando uma nova vida como especialista em desarmar bombas submersas. Nesse cenário, é claro, ele acaba se reencontrando com o monstro.
Mas, ainda assim, é mais do que divertido (e desesperador) assistir ao monstro gigantesco destruindo cidades com uma facilidade impressionante. A torcida não é só para Koichi, mas para que toda a humanidade consiga vencer a escuridão.
Em um primeiro momento, pode parecer que estamos torcendo para que consigam impedir o lagarto gigante. Mas, aos poucos, percebemos que Godzilla Minus One vai além disso.
Aliás, o diretor Guillermo del Toro, de O Labirinto do Fauno e Hellboy, já viu Godzilla Minus One e escreveu: "Um dos três melhores filmes de Godzilla de todos os tempos (aliás, um dos dois). Ambição e realização do tamanho da sala de cinema. Um milagre."
Top 3 Godzilla films of all time (actually top two). Theatre-sized ambition and fulfillment. A Miracle. https://t.co/mrMfbadkck
— Guillermo del Toro (@RealGDT) December 17, 2023
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