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Estreias | "Chico Bento" é o principal lançamento de cinema

Circuito também recebe cinebiografia animada do rapper Pharrell Williams e filmes premiados em festivais internacionais

9 jan 2025 - 11h38
(atualizado às 14h55)
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Foto: Divulgação/Paris Filmes / Pipoca Moderna

A nova adaptação dos quadrinhos de Mauricio de Sousa, "Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa", é a principal estreia de cinema desta quinta (7/1). A produção infantil chega num momento em que o cinema nacional vem conquistando recordes de bilheteria e pode ampliar o fenômeno. Os demais lançamentos não tem o mesmo alcance, com destaque para uma cinebiografia animada do rapper Pharrell Williams e quatro filmes premiados em festivais internacionais. Por coincidência, duas produções de festivais são de cineastas iranianos. As outras são o filme que rendeu prêmio a Nicole Kidman em Veneza e o vencedor do Festival do Rio deste ano.

 

CHICO BENTO E A GOIABEIRA MARAVIOSA

 

A comédia juvenil baseada no universo dos quadrinhos de Mauricio de Sousa traz o influenciador mirim Isaac Amendoim no papel de Chico Bento, em uma missão para proteger sua amada goiabeira da destruição. Na história, o personagem precisa impedir a construção de uma estrada que ameaça derrubar a árvore, símbolo de suas memórias e de sua conexão com a natureza.

Além de divertida, a narrativa apresenta uma mensagem educativa, destacando a importância da consciência ecológica para o público infantil. Ambientado na fictícia Vila da Abobrinha, o longa recriou o vilarejo com cenários montados nas cidades de Bragança Paulista e Itatiba, no interior de São Paulo, reforçando a estética rural característica das histórias originais.

Na trama, Chico conta com a ajuda dos amigos da Vila da Abobrinha para salvar a goiabeira do rabugento Nhô Lau (Luis Lobianco). A árvore enfrenta ameaças do coronel Dotô Agripino (Augusto Madeira) e seu filho Genesinho (Enzo Henrique), que querem trazer o progresso para a região às custas da árvore favorita de Chico Bento.

A história foi escrita por Elena Altheman ("Use Sua Voz") e Raul Chequer ("Choque de Cultura"). A direção é de Fernando Fraiha ("Bem-Vinda, Violeta!"). E Daniel Rezende, que dirigiu "Turma da Mônica: Laços" e "Turma da Mônica: Lições", está à frente da produção.

 

PEÇA POR PEÇA - UMA HISTÓRIA DE PHARRELL WILLIAMS

 

A animação é uma cinebiografia musical do cantor e músico americano Pharrell Williams. Com um visual em estilo LEGO, a narrativa acompanha o artista desde sua infância em Virginia Beach até seu sucesso internacional, destacando colaborações com figuras como Gwen Stefani, Kendrick Lamar e Jay-Z.

Pharrell optou por contar sua história de maneira inovadora, utilizando peças de LEGO para representar marcos significativos de sua trajetória criativa. Essa abordagem visa libertar a imaginação do público e tornar a narrativa acessível para todas as idades. A trilha sonora inclui sucessos de Pharrell, além de cinco canções inéditas compostas especialmente para a produção. A direção é do documentarista Morgan Neville, que venceu o Oscar com o documentário musical "A Um Passo do Estrelato" (2013).

 

BABYGIRL

 

O suspense picante rendeu a Nicole Kidman ("O Escândalo") o troféu de Melhor Atriz no Festival de Veneza. No enredo, ela interpreta uma poderosa CEO, casada e mãe de duas filhas, que se envolve em um romance arriscado com um jovem estagiário de sua empresa, interpretado por Harris Dickinson ("King's Man: A Origem"). A sedução se baseia em uma relação de poder, na qual a CEO assume uma posição de submissão e aceita humilhações, numa trama sobre as complexidades do desejo.

A direção e o roteiro são assinados por Halina Reijn ("Morte, Morte, Morte") e o elenco do filme também inclui Antonio Banderas ("Uncharted - Fora do Mapa") e Sophie Wilde ("Fale Comigo").

 

BABY

 

O segundo longa do diretor Marcelo Caetano ("Corpo Elétrico") conta a história do jovem Wellington (o estreante João Pedro Mariano), que deixa um centro de detenções para menores sem o apoio da família biológica e acaba acolhido por Ronaldo (Ricardo Teodoro, de "Renascer"), um garoto de programa que ele conhece em um cinema pornô. Sem dinheiro, Wellington acaba convencido a entrar nesse universo, conforme os dois desenvolvem uma relação intensa e repleta de reviravoltas.

O drama LGBTQI+ estreou mundialmente no Festival de Cannes e rendeu a Ricardo Teodoro o troféu de Melhor Ator Revelação na 63ª Semana da Crítica do evento francês. Por sua vez, João Pedro Mariano venceu como Melhor Ator no Festival do Rio. O evento carioca ainda premiou o longa com o troféu Redentor de Melhor Filme. Para completar, "Baby" ainda venceu os festivais internacionais de Biarritz e San Sebastián como Melhor Filme Latino-Americano.

 

A SEMENTE DO FRUTO SAGRADO

 

Fazer cinema rendeu pena de oito anos de prisão e chibatadas para o diretor Mohammad Rasoulof, vencedor do Festival de Berlim com "Não Há Mal Algum" (2021). Por isso, ele precisou fugir do Irã de forma clandestina, enfrentando uma jornada de 28 dias a pé e muitos perigos para levar "A Semente do Fruto Sagrado" ao Festival de Cannes de 2024. Seu novo filme foi recebido com 15 minutos de aplausos, mais que qualquer outro no evento francês do ano passado, e conquistou o Prêmio Especial do Júri e o FIPRESCI (da crítica internacional). Por estar banido no Irã, o drama foi inscrito pela Alemanha (coprodutor) como representante do país no Oscar de Melhor Filme Internacional.

O filme segue Iman, um juiz investigador no Tribunal Revolucionário em Teerã, que lida com desconfiança e paranoia enquanto protestos políticos se intensificam no país e sua arma desaparece misteriosamente. Suspeitando do envolvimento de sua esposa Najmeh e de suas filhas Rezvan e Sana, ele impõe medidas drásticas em casa, causando um aumento nas tensões. Gradualmente, normas sociais e regras da vida familiar começam a ser suspensas.

Rasoulof, conhecido por seu trabalho político e humanista, utiliza uma narrativa poética e silenciosa para evidenciar os dilemas morais enfrentados pelos personagens. A produção reafirma a habilidade do cineasta em criar histórias que provocam reflexões profundas sobre liberdade e repressão.

 

MEU BOLO FAVORITO

 

O drama iraniano acompanha Mahin, uma senhora de 70 anos que vive sozinha em Teerã após a morte do marido e a partida da filha para a Europa. Sua rotina solitária é quebrada quando, após um chá da tarde com amigas, ela decide revitalizar sua vida amorosa. Um encontro inesperado rapidamente evolui para uma noite inesquecível, levando Mahin a confrontar as restrições sociais e culturais de sua sociedade.

Os diretores Maryam Moghadam e Behtash Sanaeeha ficaram conhecidos por "O Perdão", que deu o que falar no Festival de Berlim de 2020 ao contar a história de outra mulher, que descobre que o marido era inocente do crime pelo qual foi executado. "Meu Bolo Favorito" também foi destaque no Festival de Berlim em 2024, onde recebeu o Prêmio FIPRESCI (da crítica internacional) e o Prêmio do Júri Ecumênico, reconhecendo sua abordagem sensível e corajosa sobre a solidão na terceira idade e a repressão exercida pelo regime iraniano sobre as mulheres.

 

RM: RIGHT PEOPLE, WRONG PLACE

 

O documentário musical acompanha RM, integrante do BTS, enquanto ele reflete sobre a fama global e trabalha em seu segundo álbum solo. A produção proporciona um vislumbre íntimo da jornada criativa do artista de K-pop, que percorre várias cidades em busca de inspiração e conexão com novos lugares e culturas. Ao longo do filme, RM compartilha seus pensamentos sobre identidade, expectativas e crescimento pessoal, mostrando como seu processo artístico é influenciado pelas experiências que vive fora dos palcos.

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