Filme de Michael Jackson será regravado para evitar cenas sobre acusações de abuso sexual
Acordo extrajudicial com família de suposta vítima impede que tema seja retratado no cinema
A cinebiografia de Michael Jackson sequer foi lançada, mas já está imersa em polêmicas. Com previsão de estreia para outubro deste ano, o longa terá de passar por extensas refilmagens e alterações no roteiro para evitar falar sobre um dos momentos mais controversos da carreira do músico — as acusações de abuso sexual enfrentadas pelo Rei do Pop.
O longa, dirigido por Antoine Fuqua, pretendia falar sobre o ocorrido e chegou até mesmo a filmar as sequências, mas um detalhe judicial impede que o assunto seja retratado no cinema.
Em 1993, Michael Jackson fez um acordo extrajudicial com a família de Jordan Chandler — adolescente que o acusava de abuso sexual — no valor de US$ 25 milhões (cerca de R$ 147 milhões na cotação atual). Entre os termos acordados, a família Chandler exigiu que a situação não pudesse ser mencionada ou dramatizada em qualquer tipo de cinebiografia sobre o astro. As informações são da revista People e do portal independente Puck.
Ainda segundo as fontes das publicações norte-americanas, o caso criminal contra Michael Jackson estava sendo retratado como um dos pilares do filme, e a produção do longa falhou ao não considerar o acordo com os Chandlers.
"A cinebiografia de Michael não está um caos total. As manchetes inflamadas sobre a interrupção dos trabalhos simplesmente não são verdadeiras. O filme está avançando e as refilmagens acontecerão em março", afirmou à revista People uma fonte que está trabalhando no longa.
Em 2005, Michael foi absolvido das acusações de abuso sexual infantil. Novas acusações, no entanto, foram veiculadas em 2019 no documentário Leaving Neverland. Michael Jackson morreu em 2009, aos 50 anos, após uma overdose de medicamentos.