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Fracasso ou obra-prima? 'Megalopolis', novo filme de Coppola, divide Cannes

Recebido com trilha de 'O Poderoso Chefão', o diretor gerou debate entre novas e velhas gerações Hollywood

17 mai 2024 - 10h05
(atualizado às 10h09)
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Foto: Divulgação/American Zoetrope / Pipoca Moderna

Uma história ambiciosa, com orçamento equivalente a R$ 615 milhões e imaginada por Francis Ford Coppola há quatro décadas. Foi com essa descrição que Megalopolis, novo longa do diretor de O Poderoso Chefão, estreou na última quinta, 16, no Festival de Cannes. Apesar disso, a crítica se dividiu sobre a produção.

O crítico de cinema do jornal britânico The Guardian, Peter Bradshaw, o considerou "megachato". Já Tim Grierson, da revista britânica Screen Daily, chamou Megalopolis de um "desastre". Por outro lado, a publicação americana Deadline o classificou como uma "obra-prima moderna que reinventa as possibilidades do cinema".

O filme é dedicado à esposa Eleanor Coppola, que morreu em abril aos 87 anos após seis décadas de parceria - e o próprio diretor considera que Megalopolis seja seu último trabalho.

"Acho admirável que este homem de 85 anos se comporte como um cineasta independente, como um artista que quer vir mostrar o seu trabalho. Cannes é importante para ele e ele é importante para Cannes", destacou Thierry Frémaux, diretor-geral do Festival.

Com chapéu de palha e bengala, o lendário diretor subiu as escadas em Cannes para a estreia. Embora a recepção dividida fora da sala, Megalopolis foi recebido com aplausos.

"Eu queria fazer um filme sobre como o ser humano expressa o divino", afirmou Coppola. "Eu diria que é o filme mais ambicioso no qual trabalhei, mais do que Apocalypse Now", completou. /Com agências internacionais.

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