Inocentado de acusações, Kevin Spacey diz que '#MeToo' exagerou; colegas pedem a volta do ator
Ator de 'House of Cards' e 'Beleza Americana' foi 'cancelado' em Hollywood; documentário recém-lançado traz novas denúncias sobre seu comportamento impróprio
Inocentado na justiça de várias denúncias de abuso e assédio sexual, o ator Kevin Spacey ganhou apoio de colegas para um retorno a Hollywood. Liam Neeson, Sharon Stone, F. Murray Abraham e Stephen Fry se pronunciaram ao jornal The Telegraph pedindo o retorno de Spacey à indústria.
"Eu mal posso esperar para ver Kevin de volta. Ele é um gênio. Ele também é elegante e divertido, generoso e sabe mais sobre nosso ofício do que vários jamais saberão. É terrível como estão o culpando por não serem capazes de chegar a uma conciliação consigo mesmos, por não conseguirem seguir com suas agendas secretas", disse Stone.
No ano passado, Spacey foi inocentado de nove acusações criminais no Reino Unido, mas o serviço de streaming Max acaba de lançar o documentário Kevin Spacey: A História Não Contada, que traz novas denúncias contra o ator americano, de 64 anos.
Spacey respondeu às denúncias em rara entrevista a NewsNation: "Estou tentando mostrar que ouvi. Aprendi. Recebi a mensagem. Sinto muito fortemente que, quaisquer erros que cometi na minha vida, paguei um preço", disse.
Ele também afirmou que o movimento #MeToo "exagerou muito na direção da injustiça" e alertou para o risco de "o pêndulo da justiça oscilar demais para o lado oposto".
Spacey pode interpretar Sinatra
Outra figura importante de Hollywood a defender o ator foi o diretor e roteirista Paul Schrader, de clássicos como Taxi Driver e Touro Indomável e que está lançando em Cannes seu novo trabalho Oh, Canada.
Em entrevista a Variety, o cineasta disse que conversou com Kevin Spacey para que ele protagonize uma cinebiografia de Frank Sinatra e afirmou que "a cultura do cancelamento vai deixá-lo em paz".