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Inteligência Artificial no Cinema: o que esperar do futuro?

De Paul Walker a Elis Regina, a IA tem sido uma ferramenta cada vez mais forte.

5 jul 2023 - 16h40
(atualizado às 17h15)
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Paul Walker foi posto no fim de Velozes e Furiosos 7 através de Inteligência Artificial e Computação Gráfica.
Paul Walker foi posto no fim de Velozes e Furiosos 7 através de Inteligência Artificial e Computação Gráfica.
Foto: Oficina da Net

A utilização da Inteligência Artificial na indústria cinematográfica vem revolucionando a maneira como os filmes são produzidos e como as histórias são contadas. Graças ao avanço tecnológico, os cineastas são capazes de recriar atores já falecidos ou rejuvenescer atores em prol da trama, mas até que ponto isso é uma prática saudável? É o que analisa nosso colunista Ygor Palopoli.

Recentemente tivemos, por exemplo, o comercial envolvendo a cantora Elis Regina que foi feito sem a necessidade de recursos tão grandiosos e bilionários, como antes era nesta correlação com Hollywood. E como foi que tudo começou a alcançar este nível?

Quando Paul Walker morreu em 2013, 'Velozes e Furiosos 7' usou uma mistura de inteligência artificial, computação gráfica e a ajuda de seu irmão pra fazer a cena final que ficaria marcada na história, onde ele e Toretto tomam rumos diferentes, encerrando a parceria dos dois dentro da trama.

A trajetória da IA nos cinemas!:

Em 'Star Wars - A Ascensão Skywalker', Carrie Fisher que interpretava a Princesa Leia, e morreu 3 anos antes do filme, aparece interagindo com os outros personagens, mas neste caso a técnica envolveu bem menos inteligência artificial e bem mais truques de câmera, já que foram usadas cenas descartadas da atriz de filmes anteriores.

Ao passar do tempo, a Inteligência Artificial foi dando seus saltos e começou a ser usada para o que a indústria chama de "de-aging", que é rejuvenescer personagens através da IA e da computação gráfica, como aconteceu com Robert DeNiro e Al Pacino em 'O Irlandês' e bastante na Marvel com atores como Samuel L. Jackson e Michael Douglas por exemplo.

O Irlandês realizou a prática de "Deaging" em seus protagonistas.
O Irlandês realizou a prática de "Deaging" em seus protagonistas.
Foto: O Fuxico

Mas, agora, pensa aqui comigo. Tudo isso aconteceu antes de 2020. E do ano passado pra cá, a Inteligência Artificial deu seu maior salto na história, a ponto do comercial da Elis ter sido produzido sem tanta dificuldade e sem precisar ter o orçamento bilionário de Hollywood. O DeepFake avançou a níveis catastróficos a ponto de termos pessoas famosas dizendo coisas que nunca disseram de verdade, o que vai mudar também o mundo das fake news.

Com a tecnologia "deepfake", que usa a IA para criar vídeos hiper-realistas, é possível que os cineastas possam "ressuscitar" atores falecidos para papéis completos, ou até mesmo criar novos personagens totalmente sintéticos. O conceito de direito de imagem vai ter que ser totalmente atualizado, e o uso dessas tecnologias também levanta questões éticas significativas, incluindo o consentimento e os direitos de imagem dos atores após a sua morte.

E a gente quer saber de você: como você enxerga o futuro dessa tecnologia? Deixa aqui nos comentários e não esquece de seguir a gente pra mais!

Fonte: Ygor Palopoli
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