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Leonardo DiCaprio produzirá documentário indígena sobre a Floresta Amazônica

A produção ainda não tem previsão de estreia.

11 mai 2023 - 21h49
(atualizado em 12/5/2023 às 10h35)
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Foto: Divulgação/Highly Flammable / Pipoca Moderna

A empresa de produção Highly Flammable, de Fisher Stevens ('Sucession'), anunciou nesta quinta-feira (11) que Leonardo DiCaprio ('Não Olhe para Cima') e sua produtora Appian Way Productions entraram na produção do documentário 'We Are Guardians' (em português, 'Somos Guardiões') como produtores executivos. A obra é uma coprodução brasileira sobre os protetores indígenas da Floresta Amazônica e tem direção de Edivan Guajajara, cofundador do Mídia Indígena, o principal coletivo de jornalismo investigativo liderado por indígenas do país, em parceria com os ativistas ambientais Chelsea Greene e Rob Grobman.

'We Are Guardians' acompanha os guardiões indígenas enquanto eles lutam contra a invasão de madeireiros e invasores ilegais. Conforme uma descrição dos produtores, o filme "entrelaça política, história, economia e ciência, proporcionando uma exploração aprofundada da situação crítica na Amazônia – cujo impacto se espalha pelo mundo".

Os Guajajara formaram o grupo conhecido como Guardiões da Floresta em 2012, e desde então arriscam suas vidas combatendo a exploração de madeira ilegal para proteger a floresta, suas comunidades na Terra Araribóia, do Maranhão, e a vida dos Awá, o povo indígena mais ameaçado do mundo segundo a ONG Survival International.

O trabalho dos Guardiões, fechando acessos e atividades ilegais na floresta, gerou fúria entre criminosos ambientais, e tem custado a vida de muitos ativistas. Para piorar, um estudo feito pela ONG Greenpeace mostra que os assassinatos de indígenas no Maranhão não costumam resultar em punição: entre 2003 e 2019 foram registrados 57 homicídios, sem sentença condenatória em nenhum dos casos. E no governo Bolsonaro, a violência escalou. Dados do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) mostram que 23 indígenas foram assassinados nos últimos quatro anos no Maranhão (2019 a 2022)

Para Edivan Guajajara, a produção é essencial para fomentar o debate sobre a importância de preservar a natureza. "Este filme é muito importante. Ele não apenas conta a história do meu povo e da minha comunidade. Ele reforça a necessidade de estar atento e unir cada vez mais esforços para cuidar de nossa Mãe Terra e cuidar daqueles que dão suas vidas pelas florestas, pela preservação e manutenção da biodiversidade no mundo", disse o diretor em um comunicado oficial.

A produção ainda não tem previsão de estreia.

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