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Lula anuncia investimento de R$ 1,6 bilhão para o setor audiovisual: 'Tratar a cultura com seriedade'

Investimento impulsionará produções nacionais e coproduções internacionais, além de modernizar estúdios, abrir cinemas e criar empregos

19 jun 2024 - 23h23
(atualizado em 20/6/2024 às 09h42)
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Lula e a ministra Margareth Menezes participaram de um evento no Rio de Janeiro nesta quarta (19) para celebrar o cinema brasileiro
Lula e a ministra Margareth Menezes participaram de um evento no Rio de Janeiro nesta quarta (19) para celebrar o cinema brasileiro
Foto: Rafael Magalhães/Divulgação MinC

O Governo Federal anunciou, nesta quarta-feira (19), um investimento de R$ 1,6 bilhão para o setor audiovisual. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um evento no Rio de Janeiro ao lado da ministra da Cultura, Margareth Menezes, para celebrar o investimento em homenagem ao Dia do Cinema Brasileiro.

"A gente vai tratar a cultura com seriedade e respeito, porque um país que não tem cultura, um país que não investe na cultura, não se transforma: o povo não é povo, é massa de manobra. A cultura politiza e refresca a cabeça das pessoas. É por isso que nós acreditamos muito na cultura e investimos na cultura", destacou o presidente.

Destinação dos recursos

Os recursos serão destinados à produção de séries e filmes brasileiros, além de R$ 200 milhões para coproduções internacionais - a proposta já recebeu 476 projetos de 47 países. Fora isso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou a linha de crédito BNDES FSA Audiovisual, com um orçamento inicial de R$ 400 milhões. O objetivo é fortalecer o mercado de crédito para o setor audiovisual, focando em infraestrutura, inovação e acessibilidade.

O investimento não será apenas em conteúdo. Serão construídos oito novos estúdios e outros oito serão modernizados no Rio de Janeiro, gerando 7.800 empregos - 2.500 diretos e 6.300 indiretos - e o governo ainda promoverá a construção de 122 novas salas de cinema e a modernização de outras 52 em todo o Brasil.

Para completar, Lula assinou um decreto regulamentando a cota de tela, que exige a inclusão de obras brasileiras na programação de cinemas e canais de TV por assinatura. A medida visa promover e valorizar o cinema nacional e obriga as salas de cinema a alcançar um número mínimo de sessões e de títulos de filmes brasileiros até 31 de dezembro de de dezembro de 2033. Esses números serão definidos por meio de um regulamento a ser fixado anualmente.

Elogio ao cinema brasileiro

No evento, o Presidente da República elogiou o cinema, que tem poder de transformar o Brasil.

"Sou da turma em que artista, cinema e novela não é pra ensinar putaria. É pra ensinar cultura, é pra contar ensinar história, é pra contar narrativas. Não pra dizer que queremos ensinar as crianças coisas erradas. Nós só queremos fazer aquilo que se chama arte. Quem não quiser entender o que é arte, dane-se, porque nós queremos muita arte, muita cultura e muita disposição das pessoas participarem", disse Lula.

"Precisamos que a cultura se transforme numa indústria que gere oportunidades de desenvolvimento para milhões de pessoas. E o cinema é parte importante da formação da identidade do nosso país. Cada filme brasileiro é uma janela para nossa alma. Nosso cinema é um reflexo do nosso espírito resiliente e criativo do humor, a crítica social, ele é a força narrativa da existência cultural. O cinema ensina cultura", completou.

Lula também aproveitou para cobrar a regulamentação do setor de streaming. Um projeto de lei que prevê taxas e cotas para plataformas está parado na Câmara dos Deputados e é alvo de campanha contrária da oposição. "Eu acho que a gente tem condições de fazer uma regulamentação para que esse país seja livre, soberano, dono do seu nariz, dono da sua arte e do seu futuro", apontou o Presidente.

Histórico de investimentos

Desde o início do governo Lula, o setor audiovisual tem recebido investimentos significativos. Em 2023, o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) destinou R$ 1,3 bilhão para a produção de conteúdo nacional, contemplando 364 filmes e séries de 323 produtoras brasileiras, um recorde para o setor.

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