O melhor e o pior do cinema de terror chegam juntos com 'Imaculada' e 'Os Estranhos: Capítulo 1'
Enquanto um longa-metragem se mostra ousado e corajoso, com ideias frescas, o outro não sabe como seguir adiante
Nem é Dia das Bruxas ainda, mas os cinemas nos reservam duas estreias de terror. Nesta quinta-feira, 30 de maio, chegam às salas dois filmes: Imaculada, com Sydney Sweeney, e Os Estranhos: Capítulo 1, continuação de uma franquia com outros dois filmes na conta.
E não poderia ser uma estreia conjunta mais oportuna: de um lado, a ousadia; do outro, o medo.
O bom
Vamos começar pela conversa positiva. Imaculada chega aos cinemas com certa desconfiança. Afinal, a direção fica com Michael Mohan, que já tinha uma parceria com sua protagonista, Sweeney, no fraquíssimo thriller erótico The Voyeurs. Mesma protagonista, mesmo diretor. Mesmo desastre? Nada disso: Imaculada é uma das surpresas do ano.
A história se concentra na chegada da irmã Cecília (Sydney Sweeney) em um convento isolado na Itália. Todo mundo lá é estranho, desde as outras irmãs até o padre, interpretado pelo espanhol Álvaro Morte, de La Casa de Papel. E as coisas ficam fora de órbita quando Cecília engravida. De alguém? Do padre? Não. Dizem ser do Espírito Santo.
Continua sendo a história de um casal (Madelaine Petsch e Ryan Bown, fraquíssimos) que fica desesperado quando estranhos invadem a casa. Qual o motivo da violência? Não há desejo em explicar nada. Ao contrário de outros filmes sobre violência gratuita, como Hush, não há sequer a vontade de trazer algum aparato sensorial por aqui. É mais do mesmo em um filme sem coragem de inovar e que, covarde, acaba repetindo tudo que já foi contado.
Dois extremos na mesma semana de estreias. Pelo menos é mais fácil de escolher na hora de decidir qual a melhor sessão para o final de semana.