Paulo Gustavo sonhava com carreira de cantor e dueto com Bethânia
Peça teatral 'Filho da Mãe' estava ajudando o ator a explorar o mercado musical
Paulo Gustavo, que morreu em 2021, em decorrência da covid-19, sonhava com a carreira de cantor e seu último projeto teatral, a peça Filho da Mãe, estava ajudando o ator e comediante a se descobrir nesse mercado.
Criado para ser uma homenagem a sua mãe, Déa Lúcia, o espetáculo Filho da Mãe viajou pelo Brasil inteiro. Em cena, Paulo Gustavo e a matriarca contavam piadas, trocavam alfinetadas e ainda faziam números musicais, o que instigou o desejo no artista. Os bastidores dessa peça e mais detalhes estão presentes no documentário homônimo que estreia nesta sexta-feira, 16, na Prime Video.
“Ele se realizou muito como cantor [nesse projeto], ele ficava feliz de seguir o caminho da mãe. Ele tinha uma voz muito afinada e, ao mesmo tempo, muito exótica. Não era uma voz muito masculina e grave, nem muito feminina”, conta Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, em entrevista à imprensa realizada nesta terça-feira, 6, em São Paulo.
A realização com o canto foi tão grande que o comediante logo começou a planejar seus passos na nova profissão. Ele, inclusive, sondou um dueto com Maria Bethânia, que acabou não se concretizando.
“Depois da peça, ele já estava pensando em produzir um show para as crianças cantando músicas infantis. Uma vez a gente viajou com a Samantha Schmütz, e ele cantou uma música à capela [sem instrumentos] para ela. Ele se preocupava, queria ser cantor, mas com qualidade, assim como era ator e comediante. Ele até queria fazer show com a Bethânia, ela considerou o convite, mas não fechou”, complementa.
“O legado de Paulo Gustavo é somente dele”
Inspiração para o filho no canto, Déa Lúcia foi convidada para fazer uma participação especial no júri do quadro Dança dos Famosos, da TV Globo. O sucesso foi tanto que ela se tornou personagem eventual e, posteriormente, jurada fixa no Domingão.
Apesar de ter virado figurinha carimbada na programação dominical, ela se recusa a dizer que está dando continuidade ao legado do filho.
“Eu faço graça, mas não sou o Paulo… o Luciano me colocou ali para me distrair e acabei ficando, gosto muito, mas sou a mãe dele e não ele”, reflete ela, que se emociona rapidamente ao falar de Paulo Gustavo.
