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Por que o último pedido de Alain Delon não foi atendido? Entenda

Família do ator e até Brigitte Bardot intervieram para não permitir que um dos pedidos feito pelo astro francês fosse acatado; velório aconteceu neste sábado, 24

24 ago 2024 - 17h26
(atualizado em 25/8/2024 às 07h02)
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O ator francês Alain Delon, que morreu no último domingo, 18, fez um último pedido: ser enterrado em sua casa, junto aos 35 cachorros já falecidos e também do pastor-belga malinois Loubo. Porém, a família do ator interveio para que este último pedido não fosse atendido.

Em 2018, Delon deu uma entrevista à revista francesa Paris Match afirmando o desejo de ser enterrado com Loubo, que era o cachorro favorito dele. "Se eu morrer antes, pediria ao veterinário que partíssemos juntos. Ele vai picá-lo para que ele morra em meus braços. Prefiro isso do que saber que ele poderia morrer no meu túmulo com tanto sofrimento", declarou.

Porém, a família do ator se recusou a eutanasiar o cão. A fundação de proteção animal de Brigitte Bardot, que era amiga do ator, tranquilizou os fãs e outras entidades que se preocuparam com o destino de Loubo. "Não se preocupem! Muitos de vocês nos enviaram mensagens sobre o futuro do Loubo […]. 'Ele tem a sua casa e a sua família', que cuidará dele. É claro que Loubo não será sacrificado", publicou a fundação no X, antigo Twitter, na terça-feira, 20 de agosto.

O filho do ator, Anthony Delon, chegou a publicar uma foto do cachorro no último dia 22. Loubo aparece tranquilo na propriedade onde o ator foi enterrado, em Douchy, na França.

Adotado em 2014, Loubo foi o companheiro dos últimos anos de vida de Alain Delon. "Eu o adoro como uma criança", revelou à Paris Match em 2018.

Loubo, cachorro e fiel escudeiro de Alain Delon
Loubo, cachorro e fiel escudeiro de Alain Delon
Foto: Reprodução Instagram / @therealanthonydelon / Estadão
Anthony Delon e Loubo
Anthony Delon e Loubo
Foto: Reprodução Instagram / @therealanthonydelon / Estadão

Os outros pedidos do ator foram prontamente atendidos: o funeral foi realizado neste sábado, 24, na propriedade de Delon na cidade de Douchy, onde ele morava, somente para a família e amigos próximos. O corpo foi enterrado em uma cripta também em sua propriedade e ao lado dos demais cães que já partiram. "Foi um pedido dele", disse à AFP Di Falco, ex-bispo da cidade de Gap e nome conhecido da Igreja Católica francesa.

Esse tipo de sepultamento exige uma autorização especial, que o ator de O Leopardo havia solicitado, segundo fontes da Prefeitura.

Alain Delon morreu aos 88 anos, cercado pelos três filhos e Loubo.

Estadão
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