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Quais foram os melhores filmes de 2024? E o pior? Veja lista dos críticos do 'Estadão'

Foram mencionados 18 títulos no total; 'Ainda Estou Aqui' foi destaque positivo e 'A Substância' polarizou opiniões

27 dez 2024 - 09h40
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Escolher os melhores e piores filmes lançados em um ano é sempre uma missão difícil, extremamente pessoal, mas tradicional e benéfica para a valorização da indústria cinematográfica. Por isso, o Estadão pediu para críticos e jornalistas da redação listarem as produções de 2024 as quais eles julgam merecer lugar no ranking.

'Ainda Estou Aqui', 'La Chimera' e 'A Substância' foram destaques na lista do 'Estadão'
'Ainda Estou Aqui', 'La Chimera' e 'A Substância' foram destaques na lista do 'Estadão'
Foto: Divulgação: Sony Pictures; Tempesta e MUBI / Estadão

Cada um teve de escolher três melhores filmes e um pior, em ordem de preferência e indicando o motivo. Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles e pré-indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional, foi lembrado várias vezes, enquanto o controverso A Substância, de Coralie Fargeat, polarizou opiniões.

Veja abaixo a seleção de cada um e as justificativas para os votos.

Bruno Carmelo - Os Melhores Filmes

  1. A Substância, de Coralie Fargeat: Este é não apenas o melhor filme de terror do ano, mas também um dos grandes acontecimentos do cinema recente. Coralie Fargeat desenvolve uma história de monstruosidades e excessos - todos assumidíssimos - para refletir a pressão social sobre as mulheres e a deterioração contemporânea de nossa saúde mental. As atuações são excelentes, assim como as soluções visuais. É raríssimo um projeto de tamanha ousadia ser proposto, financiado, filmado e lançado nas salas de cinema. Se o Oscar não fosse tão careta, A Substância levaria o prêmio de melhor filme com a mão nas costas. Onde ver: Mubi; LEIA MAIS SOBRE O FILME AQUI
  2. Ainda Estou Aqui, de Walter Salles: O cinema brasileiro, ainda fazendo as pazes com seu público, precisava de uma obra deste porte, tão midiática e popular por seus atores (Fernanda Torres está excepcional) quanto rigorosa nas formas, e profunda na investigação dos traumas da ditadura. O drama de Walter Salles condensou diversos anseios da época: o reconhecimento estrangeiro, a valorização popular do drama histórico e, em especial, a reflexão atualíssima acerca da impunidade dos governos autoritários. A luta de Eunice Paiva tem muito a dizer sobre a política de 2024. Não disponível no streaming; LEIA MAIS SOBRE O FILME AQUI
  3. Here, de Bas Devos: Esta preciosidade passou despercebida no circuito comercial, embora tenha recebido dois importantes prêmios no Festival de Berlim. A história é simples até demais: um trabalhador e uma pesquisadora se encontram na floresta, com objetivos diferentes, durante um único dia. As trocas entre eles e as imagens impressionam pelo domínio do diretor. Um estudo magnífico a respeito da solidão nas cidades grandes, e de nossa relação com a natureza - do tipo que ecoa na cabeça do espectador por muito tempo após a sessão. Não disponível no streaming

Bruno Carmelo - O Pior Filme

Ursinho Pooh: Sangue e Mel 2, de Rhys Frake-Waterfield: Se o ano de 2024 foi marcado por excelentes filmes de terror (além de A Substância, vale mencionar Sorria 2 e Imaculada), também tivemos novos exemplares de um exploitation de gosto duvidoso. A ideia de um Ursinho Pooh sanguinário soava ótima no papel, no entanto, desde o primeiro filme, o cineasta trabalha com um roteiro mal desenvolvido, além de escolhas fraquíssimas de fotografia, montagem, som e direção de arte. No segundo filme, o orçamento aumentou, porém Frake-Waterfield manteve a estética amadora e o machismo no tratamento das personagens, com o acréscimo de um incômodo teor racista. Onde ver: Prime Video

Luiz Zanin - Os Melhores Filmes

  1. Ervas Secas, de Nuri Bilge Ceylan: Ceylan é todo um estilo, reconhecível a cada fotograma. Consegue aliar densidade e leveza, de modo a nos conduzir a uma profundidade a que boa parte do cinema parece ter renunciado nos últimos tempos. De aparência atemporal, dialoga no entanto com o tempo atual, esmiuçando a conduta tida como imprópria por parte de um professor em crise. Cinema adulto, para adultos dispostos a refletir sobre o tempo em que vivemos e suas lacrações e violências disfarçadas de ativismo politicamente correto. Onde ver: Telecine LEIA MAIS SOBRE O FILME AQUI
  2. Anatomia de Uma Queda, de Justine Triet: Drama bem conduzido sobre as incertezas da verdade absoluta. Mulher (Sandra Hüller) é acusada de ter matado o marido. Seria crime ou acidente? O espectador é conduzido por um labirinto de hipóteses e versões sem jamais chegar a uma conclusão definitiva. Longe de ser uma defesa do relativismo, o filme aponta, no entanto, para o trabalhoso caminho da verdade. Brilhante. Onde ver: Prime Video LEIA MAIS SOBRE O FILME AQUI
  3. Ainda Estou Aqui, de Walter Salles: Adaptação sóbria e precisa do livro de Marcelo Rubens Paiva, narrando o desaparecimento do pai, o ex-deputado Rubens Paiva, sequestrado pelos órgãos de repressão da ditadura militar. Eunice (vivida por Fernanda Torres), passa a cuidar sozinha da família, forma-se em Direito e dedica a vida a saber o que aconteceu com seu marido. Habilmente, Salles introduz a questão política pela via do drama familiar. Há um bom tempo um filme brasileiro não comovia tanto o público. Não disponível no streaming

Luiz Zanin - O Pior Filme

A Substância, de Coralie Fargeat: Ao perder o emprego, uma atriz envelhecida (Demi Moore) apela para uma substância que gera um clone mais jovem. Pretensa crítica ao etarismo e à ditadura da beleza, me parece um flop total ao apelar para a monstruosidade que parece mais misógina que muito discurso machista. A meia hora final, então, é insuportável. Onde ver: Mubi; LEIA A CRÍTICA DE ZANIN AQUI

Luiz Carlos Merten - Os Melhores Filmes

  1. Antônio Cândido, Anotações Finais, de Eduardo Escorel: Grande diretor de ficção (Ato de Violência) e documentários (possui uma coluna para discutir o gênero na revista Piauí), Eduardo Escorel vinha de um projeto amplo sobre o Estado Novo. A ambição não é menor nesse retrato do sociólogo, ensaísta e professor que pensou o Brasil e fundou o Suplemento Literário do Estadão, que foi sempre uma ferramenta para a investigação da Cultura no País. Conhecíamos o intelectual. Com base nas anotações finais do próprio Antônio Cândido, que reflete sobre o estado do Brasil e a proximidade da morte, Escorel ilumina o homem e conta que ele viveu um amor digno de cinema. O romance de uma vida. Um acurado trabalho de pesquisa e montagem. A linguagem, grande tema de Antônio Cândido, é também o de Escorel, que foi sempre um mago na edição de imagens, parceiro dos maiores - Glauber, Eduardo Coutinho, João Moreira Salles, Cacá Diegues, etc. Não disponível no streaming; LEIA MAIS SOBRE O FILME AQUI
  2. Ainda Estou Aqui, de Walter Salles: Walter Salles é autor de uma obra exigente, consagrada em festivais internacionais - Urso de Ouro e Prata para Central do Brasil, prêmio de interpretação em Cannes para... Com base no romance autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, e transformando a casa numa metáfora do Brasil, ele logra aqui um de seus mais belos filmes. O mais? A casa alegre, cheia de gente e vida, esvazia-se. A casa vazia coloca na tela a transformação do Brasil pós ditadura militar. Com mais de 2 milhões de espectadores pagantes, Ainda Estou Aqui não é só a esperança brasileira no Oscar. O filme chegou ao coração do público, foi aplaudido no final das sessões. Virou um fenômeno. Não seria o que é sem as duas Fernandas, mãe e filha, a Torres e a Montenegro, que interpretam Maria Eunice Paiva. A prisão e morte de Rubens Paiva são vistos pelos olhos dessa brasileira que nunca deixou de lutar por Justiça. No centro de tudo, a ética, tema que atravessa o cinema do autor. Não disponível no streaming
  3. O Dia Que Te Conheci, de André Novais Oliveira: A história do homem que não consegue acordar pela manhã e perde o emprego. Ele aceita uma carona e sua vida nunca mais será a mesma. O que faz um homem acordar cedo? São situações, e interrogações, que parecem pequenas, mas que a riqueza, e justeza, das observações do diretor e roteirista André Novais Oliveira transformam num grande filme. O romance ganha uma dimensão política. Basta olhar o cartaz, em que Grace Passô e André Novaes reproduzem a cena famosa de Julia Roberts e Richard Gere em Uma Linda Mulher. O único plano - o casal está sentado no sofá, na sala. Ela pergunta onde é o quarto. Levanta-se, vai até a cama, deita-se, chama-o. Toda a cena é filmada sem corte. Apenas a posição da câmera, a movimentação dos atores. Se não fossem as Fernandas, não haveria para ninguém mais. Grace é um assombro. Outra grande e bela mulher brasileira. Não disponível no streaming

Luiz Carlos Merten - O Pior Filme

A Substância, de Coralie Fargeat: No começo, o filme até parece interessante. Um olhar sobre o etarismo, que rege o conceito de beleza na sociedade do espetáculo. Os problemas começam quando Demi Moore é demitida do programa que apresenta. Ela é demitida por Dennis Quaid enquanto ele come feito um bicho. A cena, em si, é crítica. Na verdade, antecipa a virada para o grotesco. A experiência com a substância cria a versão jovem de Demi, mas ela se revela um monstro. O mal-estar e, mais que isso, o horror instalam-se na casa clean, com todo aquele vidro que se abre para a ensolarada Califórnia. Escrito e realizado por Coralie Fargeat, o filme virou o divisor de águas do ano. Ame-o, ou deixe-o. De alguma forma, A Substância virou emblema do estado do cinema. Conceitos como estética e humanidade tornaram-se obsoletos, substituídos pelo 'gênero'. O problema do horror é que cada novo filme tem de ir mais longe que o anterior. Até onde chegarão os autores, e autoras? O fundo do poço parece inalcançável. Onde ver: Mubi

Matheus Mans - Os Melhores Filmes

  1. Segredos de um Escândalo, de Todd Haynes: Filme que estreou na virada de 2023 para 2024, Segredos de um Escândalo é aquela aula narrativa de cinema. A partir da história de uma atriz que vai conhecer melhor a inspiração para uma futura personagem, Haynes coloca a classe média americana na zona do ridículo, mostrando como a mentira e os escândalos norteiam a vida e a existência das pessoas. Esnobado no Oscar deste ano, merecia pelo menos meia dúzia de indicações, principalmente nas categorias de Atriz e Atriz Coadjuvante. Onde ver: Prime Video; LEIA MAIS SOBRE O FILME AQUI
  2. The Caine Mutiny Court-Martial, de William Friedkin: Não só este é um filme pouco falado, mas também muito subestimado. Estreou na metade do ano no Paramount+ e depois foi para a Netflix. Mesmo assim, pouco se discutiu sobre o último longa-metragem de William Friedkin, mestre por trás de O Exorcista. Aqui, temos um filme de tribunal cru e direto ao ponto, que julga o motim contra um capitão (Kiefer Sutherland, genial no papel). Em uma briga de versões, o cineasta transforma o público em júri e ainda faz uma reviravolta marcante no final. Onde ver: Netflix
  3. O Impostor, de Jöns Jönsson: Foi difícil decidir entre Ainda Estou Aqui e O Impostor - acabei indo pelo último por merecer mais atenção. Este filme alemão fala sobre um rapaz que tem compulsão por mentir. Os primeiros 40 minutos são espetaculares: nunca senti tanto desespero com uma situação como essa, em que o personagem vai se enforcando dentro da própria mentira. É importante a forma que o longa trata a doença do protagonista e como não tem medo de passear por diferentes gêneros. Onde ver: Prime Video

Matheus Mans - O Pior Filme

O Tarô da Morte, de Anna Halberg e Spenser Cohen: Infelizmente, 2024 foi um ano com muitos filmes ruins de terror: Imaginário, Mouse Trap: A Diversão Agora é Outra, O Exorcismo e Hellboy e o Homem Torto. Mas não tem nada tão ruim quanto O Tarô da Morte, filme esquemático que não consegue ser absolutamente nada - nem aterrorizante, nem engraçado. É um completo vazio sobre um grupo de amigos mortos por entidades inspiradas em cartas do tarô. E o pior de tudo: o final faz o espectador de trouxa, causando uma sensação completa de tempo perdido. Onde ver: Prime Video

Mariane Morisawa - Os Melhores Filmes

  1. La Chimera, de Alice Rohrwacher: No cinema da diretora italiana, o mágico se mistura ao real, o sonho se embaraça com a vida, o tempo não faz muito sentido. Aqui, Josh O'Connor brilha como Arthur, um arqueólogo em luto que se junta a um bando de ladrões de túmulos etruscos. Arthur, que tem como companhia Flora (Isabella Rossellini), mãe de sua amada morta, e a brasileira Italia (Carol Duarte), está perdido de si mesmo e à procura da quimera do título. Como na vida, nem tudo se encaixa nem tem significado, embora tentemos desesperadamente encontrá-lo. La Chimera pede que o espectador abdique dessa busca e embarque em uma jornada de encantamento. Não disponível no streaming; LEIA MAIS SOBRE O FILME AQUI
  2. Vidas Passadas, de Celine Song: Muito se falou da estreia na direção da dramaturga como uma história de amor. E é: separados na infância, Na Young e Hae Sung reencontram-se online 12 anos mais tarde e ao vivo 24 anos depois, quando ela mudou seu nome para Nora e vive em Nova York com o marido. Mas Vidas Passadas, que concorreu ao Oscar de Melhor Filme e Melhor Roteiro Original, usa silêncios e gestos pequenos e conta com as belas atuações de Greta Lee, John Magaro e Teo Yoo para ir além. É uma história de "e se?", de desenraizamento, de desencontrar-se de sua identidade, de invenção de um novo eu, de saudades de quem você foi. Das perdas e ganhos da vida. Onde ver: Apple TV+; LEIA MAIS SOBRE O FILME AQUI
  3. Cidade; Campo, de Juliana Rojas: A brasileira ganhou o prêmio de direção da seção Encontros no Festival de Berlim com um filme sobre migração, como o nome diz. Na primeira parte, Joana (a excelente Fernanda Vianna) muda-se para São Paulo depois de um desastre ambiental e de trauma. Na segunda, o casal Flávia (Mirella Façanha) e Mara (Bruna Linzmeyer) faz o caminho inverso, indo para um sítio depois de um luto. Nenhum dos dois ambientes é idílico, mas em ambos as personagens encontram suporte, conforto, amor e alegria em outras mulheres. O cotidiano e os momentos sobrenaturais, inexplicáveis, são vistos com olhar poético e algo misterioso, quase como sonho, incluindo uma longa e bela cena de sexo entre duas mulheres de corpos diferentes. Onde ver: Apple TV+

Mariane Morisawa - O Pior Filme

Deadpool & Wolverine, de Shawn Levy: Sim, é uma das maiores bilheterias do ano. Sim, agradou ao público fiel da Marvel, que andava um pouco desanimado com as últimas produções do estúdio. O filme de Shawn Levy tem aquilo que os fãs esperavam: um encontro entre o desbocado Deadpool (Ryan Reynolds) e o mal-humorado Wolverine (Hugh Jackman) cheio de piadas internas, figurações de luxo e lutas. Mas o filme não tem nada a dizer, a maioria das cenas de ação é genérica, e toda a trama girando em torno da aceitação de Deadpool, um personagem que era da Fox, pela Marvel, apenas sublinha que antigamente até os filmes de super-heróis tentavam impactar visualmente ou falar de algo. Onde ver: Disney+; LEIA MAIS SOBRE O FILME AQUI

Nico Garófalo - Os Melhores Filmes

  1. Rivais, de Luca Guadagnino: Um dos melhores e mais dinâmicos dramas das últimas décadas, Rivais tem uma tensão sexual hoje rara nos grandes filmes de Hollywood. Zendaya tem uma das melhores atuações de sua carreira como a jovem jogadora e treinadora de tênis que fica entre dois melhores amigos, vividos por Mike Feist e Josh O'Connor. A direção ágil de Guadagnino casa perfeitamente com a trilha sonora de Trent Reznor e Atticus Ross, que merece uma indicação ao Oscar. Onde ver: Disney+; LEIA MAIS SOBRE O FILME AQUI
  2. Super/Man: A História de Christopher Reeve, de Ian Bonhôte e Peter Ettedgui: Lançado como homenagem aos 20 anos da morte de Christopher Reeve, Super/Man: A História de Christopher Reeve é um delicado retrato de um homem que levou os ideais de seu grande personagem para a vida real. Embora indulgente com algumas polêmicas do ator, o filme nunca deixa de mostrar seu lado frágil, lembrando de seus fracassos na carreira fora dos filmes de herói e sua relação volátil com o pai. Um filme que honra a memória de um dos maiores ícones da cultura pop mundial. Onde ver: Max; LEIA MAIS SOBRE O FILME AQUI
  3. A Substância, de Coralie Fargeat: O terror A Substância trouxe um espetáculo que há muito não se via no cinemão hollywoodiano. As atuações de gala de Demi Moore e Margaret Qualley ajudaram o filme a se tornar um verdadeiro fenômeno, com críticas ao etarismo e sexismo da indústria constituindo parte integral da trama. Melhor papel de Moore em anos, o filme pode quebrar o preconceito da Academia com o gênero para receber uma merecida indicação ao Oscar. Onde ver: Mubi

Nico Garófalo - O Pior Filme

Deadpool & Wolverine, de Shawn Levy: Depois de dois filmes de imenso sucesso, muito se esperava de Deadpool & Wolverine, terceiro filme da franquia estrelada por Ryan Reynolds, mas nem o aguardado retorno de Hugh Jackman ao papel de Wolverine ajudou a salvar o projeto da mesmice. Autorreferente até demais, o filme parece mais interessado em criar piadas de duplo sentido do que em desenvolver sua trama. O filme até tem algumas cenas de ação, mas nunca passa disso. Onde ver: Disney+

Beatriz Amendola - Os Melhores Filmes

  1. Ainda Estou Aqui, de Walter Salles: O filme de Salles não conquistou o Brasil à toa. Sensível e delicado, ele mantém o espectador com as emoções à flor da pele de forma genuína, tornando impossível não se comover com o drama e a força de Eunice Paiva, vivida por Fernanda Torres em uma atuação excepcional. É uma história contada de forma primorosa, que parte do íntimo para retratar um dos períodos mais sombrios da nossa história, jogando luz sobre a dor da ausência imposta a muitas famílias. Não disponível no streaming
  2. Anatomia de uma Queda, de Justine Triet: Estreou lá atrás, em janeiro, mas permanece imbatível. Liderado pela brilhante Sandra Huller, o longa sobre uma mulher acusada de matar o marido é um excelente drama de tribunal, mas é, principalmente, uma investigação profunda e incômoda sobre a verdade e suas versões, capaz de provocar reflexões duradouras. Como bônus, traz ainda o adorável cachorrinho Messi, que foi o astro da temporada de premiações do início do ano. Onde ver: Prime Video
  3. Rivais, de Luca Guadanigno: Situada no universo competitivo do tênis, a produção do cineasta conhecido por Me Chame Pelo Seu Nome é uma experiência sensorial, que constrói suas imagens de forma calculada para melhor servir à sua história de desejo, tensão e ressentimentos entre três tenistas, vividos por Zendaya, Josh O'Connor e Mike Faist (todos ótimos). A trilha sonora marcante de Trent Reznor e Atticus Ross é um perfeito complemento à trama. Onde ver: Disney+

Beatriz Amendola - O Pior Filme

Borderlands, de Eli Roth: Entre os grandes filmes hollywoodianos, este é certamente o mais infame do ano. O roteiro não tem pé nem cabeça, mas seu pior pecado é que ele não tem nem charme nem carisma para compensar. É um desperdício dos talentos de Cate Blanchett e Jack Black. Onde ver: Apple TV+; LEIA MAIS SOBRE O FILME AQUI

Qual filme foi eleito o melhor de 2024? E o pior?

O melhor filme do ano conforme a opinião dos críticos do Estadão é Ainda Estou Aqui, destacado em quatro listas. Na sequência, Anatomia de Uma Queda e A Substância foram selecionados duas vezes cada um. Curiosamente, o longa de Coralie Fargeat ainda foi citado duas vezes como o pior filme do ano, assim como o blockbuster Deadpool & Wolverine, de Shawn Levy.

'Ainda Estou Aqui', 'La Chimera' e 'A Substância' foram destaques na lista do 'Estadão'
'Ainda Estou Aqui', 'La Chimera' e 'A Substância' foram destaques na lista do 'Estadão'
Foto: Divulgação: Sony Pictures; Tempesta e MUBI / Estadão
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