Quem foi o padre que inspirou o terror 'O Exorcista do Papa'
Longa de terror estrelado por Russell Crowe chega aos cinemas nesta semana.
Para os amantes do AdoroTerror, um novo longa sobrenatural chega às telonas nesta semana. Trata-se de O Exorcista do Papa, novo projeto de Julius Avery, diretor de Operação Overlord, Samaritano e Sangue Jovem.
Estrelado por Russell Crowe, astro de Gladiador e Thor: Amor e Trovão, o longa é levemente baseado em uma história real. Os roteiristas Evan Spiliotopoulos e Michael Petroni utilizaram os arquivos do Padre Gabriele Amorth, Chefe Exorcista do Vaticano, para a construção do filme.
Segundo o próprio padre da vida real, ele realizou mais de 100 mil exorcismos em sua vida. Falecido em 2016, aos 91 anos, Amorth escreveu duas memórias - An Exorcist Tells His Story e An Exorcist: More Stories - e detalhou suas experiências lutando contra Satanás e demônios que agarraram e possuíram as pessoas com seu mal.
O filme, sendo o retrato do personagem da vida real, acompanha Gabriele Amorth (Crowe) enquanto ele investiga a terrível possessão de um menino e acaba descobrindo uma conspiração secular que o Vaticano tentou desesperadamente proteger e manter no esquecimento.
Declarações polêmicas
Antes de sua morte, o padre Amorth deu diversas declarações polêmicas. Em uma de suas falas mais conhecidas, ele afirma o seguinte: "Eu, medo de Satanás? É ele que deve ter medo de mim. Eu trabalho em nome do Senhor do mundo. E ele é só o macaco de Deus", disse o autor de livros como "O Último Exorcista", 2012 e, "Mais fortes que o mal: O demônio reconhecê-lo vencê-lo evitá-lo", de 2010.
Ao site Libero, inclusive, o exorcista abordou o que considerou o seu primeiro encontro com o diabo. "De repente, eu tive a nítida sensação de uma presença demoníaca na minha frente. Senti o demônio me olhando, me examinando, se movimentando ao meu redor. O ar ficou frio. Um amigo exorcista já tinha me falado dessas mudanças bruscas de temperatura. Mas é uma coisa é ouvir falar e outra é viver a experiência".
Para ele, a cultura contemporânea estava tomada por influências nefastas. De obras literárias à prática de exercícios específicos. Ele chegou a mexer, inclusive, com os fãs da saga Harry Potter, afirmando que as obras de J. K. Rowling eram diabólicas. Em suas palavras, "a magia é sempre um caminho para o diabo". O religioso também chegou a condenar o yoga, afirmando que a prática "é satânica, leva ao mal como a leitura de Harry Potter".