Robert Pattinson vira sensação na Coreia em sua primeira visita para divulgar "Mickey 17"
Produção é primeiro longa do diretor sul-coreano Bong Joon Ho após o sucesso de "Parasita"
Primeira parada da promoção de "Mickey 17"
Robert Pattinson e Bong Joon Ho participaram do primeiro evento oficial de "Mickey 17" nesta segunda-feira (20) em Seul, na Coreia do Sul. O longa de ficção científica é o primeiro trabalho de Bong desde o aclamado "Parasita" (2019), vencedor da Palma de Ouro em Cannes e do Oscar de Melhor Filme.
O longa, porém, só será exibido pela primeira vez no Festival de Berlim, em fevereiro, antes de estrear nos cinemas da Coreia do Sul em 28 de fevereiro, uma semana antes do resto do mundo. No Brasil, o lançamento está marcado para 6 de março.
"É emocionante ter a honra de estrear 'Mickey 17' na Coreia antes de sua chegada às telas mundiais em março", declarou Bong durante a entrevista coletiva no cinema Yongsan CGV.
Primeira visita de Pattinson à Coreia
A passagem por Seul marcou a primeira visita de Robert Pattinson ao país, onde foi recebido por centenas de fãs no Aeroporto de Incheon. "Estou muito feliz por ver as pessoas empolgadas com o filme. Foi uma longa jornada até este lançamento", afirmou.
O ator, conhecido por seus papéis em "Crepúsculo", "Batman" e "Tenet", virou sensação no país ao desembarcar e se disse impressionado com a Coreia. "Não sei como nunca vim a Seul em turnês promocionais de outros filmes. Conheço pessoas incríveis que vivem aqui e queria reencontrá-las", comentou, referindo-se à equipe de Bong.
História e abordagem do filme
Baseado no romance de Edward Ashton, "Mickey 17" conta a história de um homem sem rumo no futuro próximo, que aceita o trabalho de ser "descartável" - uma função em que é enviado a missões perigosas e regenerado automaticamente como clone caso morra.
"A princípio, o roteiro parece simples", explicou Pattinson. "Mas, ao explorar a mentalidade de Mickey, um cara sem autoestima que também não se vitimiza, as coisas ficam complexas rapidamente. Pensei nele como um cachorro mal treinado que precisa morrer 17 vezes para aprender algo."
Bong destacou que o filme vai além da ficção científica. "Trata-se da humanidade. Mickey é retratado como um jovem comum, impotente e vulnerável. Optei por deixar de lado os detalhes técnicos do romance original para focar nos aspectos humanos, apresentando Mickey como um trabalhador solitário com um trabalho extremo", disse.
Método de direção de Bong impressiona elenco
O elenco, que inclui Mark Ruffalo (o Hulk dos filmes da Marvel), Toni Collette ("Hereditário"), Naomi Ackie ("Star Wars: A Ascensão Skywalker") e Steven Yeun ("Não! Não Olhe!"), ficou intrigado com o método de direção de Bong. "No set, filmávamos uma ou duas falas de cada vez. Depois de uma semana, todos disseram: 'Queremos fazer todos os filmes assim'", revelou Pattinson.
Bong explicou que essa abordagem é típica do cinema sul-coreano. "Aqui, editamos diretamente no set, algo incomum nos Estados Unidos. Isso costuma fascinar atores estrangeiros, que veem o filme tomando forma em tempo real", afirmou.