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Stallone, Statham e Ayer se juntam em 'Resgate Implacável': 'Reconfortante como comida caseira'

No filme, David Ayer dirige Jason Statham em roteiro de Sylvester Stallone, que não esconde sua nostalgia pelo cinema de ação clássico dos anos 1980

2 abr 2025 - 22h17
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Foi nos anos 2010 que Sylvester Stallone se encantou pelo livro Levon's Trade, de Chuck Dixon. Não é surpresa: o romance é uma mistura de Rambo com Busca Implacável - combinação que resume a carreira do astro. Inicialmente, ele planejava adaptar a obra para a TV, mas o projeto hibernou. Até que, em 2023, a ideia ressurgiu, mas com nova proposta: um filme estrelado por Jason Statham, dirigido por David Ayer e roteirizado por Stallone.

Resgate Implacável, em cartaz nos cinemas brasileiros, é daqueles filmes cuja premissa revela sua trajetória completa. Traz a história de um trabalhador da construção civil (Statham) que parte em busca dos sequestradores da filha de seu chefe. É a clássica narrativa de vingança, onde o protagonista aparentemente comum revela habilidades quase sobre-humanas. Em poucas palavras: é cheio de tiro, porrada e bomba.

Em 'Resgate Implacável', Jason Statham tem uma marreta ao seu lado
Em 'Resgate Implacável', Jason Statham tem uma marreta ao seu lado
Foto: Warner Bros/Divulgação / Estadão

"Fiquei empolgado com a história", revela David Ayer em entrevista ao Estadão. O diretor, conhecido tanto pelo fracasso de Esquadrão Suicida quanto pelo sucesso de , enxergou potencial no projeto. "É uma trama simples, um gênero familiar, algo que já vimos antes. Mas vi uma verdadeira oportunidade de me divertir e fazer algo diferente."

Na prática, porém, Resgate Implacável surpreende pouco - distanciando-se da ambição de Ayer de criar algo inovador. Segundo trabalho colaborativo entre o diretor e Statham, o filme entrega exatamente o prometido: uma narrativa de vingança, de busca obstinada, de justiça pelas próprias mãos. Uma obra que carrega o DNA de Sylvester Stallone em cada cena.

Ayer confessa que recebeu com entusiasmo o roteiro de Stallone - embora tenha colaborado com ajustes posteriores. "Ele encontrou uma estrutura sólida e criou um roteiro excelente para Jason", afirma. "Quando entrei no projeto, adicionei elementos familiares e aprofundei os personagens. Queria construir algo específico para Jason. Havia trabalhado com ele antes e compreendia seus ritmos e habilidades. Foi a colaboração perfeita."

Durante o processo criativo, Ayer e Stallone mantiveram diálogo. O diretor conta que, como produtor, o ator veterano tinha uma visão clara sobre a essência de Resgate Implacável. "Foi um sonho trabalhar com ele, porque ele escreveu Rocky. Sua trajetória como roteirista é incrível - ele acreditou tanto no seu roteiro que acabou se tornando um fenômeno cultural", diz o norte-americano. "Trabalhar com alguém com essa história foi extremamente gratificante".

Paixão pelos anos 1980

Ao assistir a Resgate Implacável, é inevitável pensar nos filmes de ação que dominavam as prateleiras de locadoras nos anos 1980 e 1990, às vezes lançados diretamente em VHS.

Ayer não esconde essa influência. E considera Statham o parceiro ideal justamente por ser uma "enciclopédia do cinema de ação" e por realizar suas próprias cenas perigosas, dispensando dublês mesmo com risco. Com essa dinâmica, o cineasta - já estabelecido no gênero de ação - mantém-se aberto a novos aprendizados.

"A cada filme aprendo mais, é um processo incrível", reflete sobre a evolução do cinema de ação. "Eu costumo dizer que você não sabe como fazer um filme até terminá-lo. É sempre uma descoberta. Trabalhar com Jason me ensinou muito sobre filmar cenas de ação, porque ele faz suas próprias acrobacias e conhece profundamente o gênero. Ele é uma enciclopédia viva da ação. Às vezes diz coisas como: 'não quero fazer isso porque já foi feito em 1979'. Ele está sempre impulsionando a criatividade e buscando mais qualidade."

No entanto, quando a conversa se aprofunda, Ayer admite - com um sorriso franco durante o momento mais descontraído do papo - que sua inspiração vem do passado do gênero.

"Sempre haverá filmes de ação", afirma, contemplando simultaneamente o futuro e o passado do gênero. "Vejo duas tendências atualmente. Uma é a ação mais exótica e intensa, muito coreografada e técnica. A outra é a ação mais realista, emocional e clássica. É nesse segundo estilo que me encaixo. Sou profundamente inspirado pelos filmes de ação dos anos 80 e 90. Eles têm algo reconfortante, como comida caseira. É disso que eu gosto."

Estadão
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