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Sweet Home | Filme que inspirou Resident Evil pode ser visto de graça

Longa que serviu como inspiração para Resident Evil, Sweet Home teve versão remasterizada liberada de graça no YouTube, com resolução 4K e legendas em inglês

4 mar 2024 - 14h12
(atualizado em 12/4/2024 às 14h45)
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Um grande nome do cinema de horror japonês e uma das inspirações para a franquia Resident Evil, Sweet Home foi liberado de graça no YouTube. O filme lançado em 1989 foi remasterizado e publicado na plataforma em resolução 4K, na íntegra e com legendas em inglês, trazendo de volta o título que, até agora, estava disponível oficialmente apenas em mídias analógicas. É a chance para os fãs da icônica franquia dos games conhecerem um pouco das influências que deram vida aos zumbis de Raccoon City.

Foto: Divulgação/Toho / Canaltech

O trabalho foi feito pelo Kineko Video, um grupo especializado em restaurações e publicações de obras japonesas perdidas, principalmente filmes de animação. A versão remasterizada de Sweet Home foi um trabalho de oito meses, a partir de três cópias do filme em laser disc, em diferentes estados de conservação — apesar do título, o filme não tem nenhuma relação com a série de terror coreana lançada em 2020 pela Netflix.

As marcas do tempo nos discos originais, fornecidos por fãs, levaram o time a editar o filme a partir dos segmentos preservados de cada mídia. Trabalhos de melhoria de vídeo e áudio também foram realizados, enquanto as novas legendas foram feitas pelo grupo LonelyChaser Fansubs, também especializado na tradução de animes e outras obras japonesas perdidas.

Na história, um grupo de cineastas vai à mansão abandonada de um artista para gravar um documentário. A ideia é recuperar as obras e falar sobre os trabalhos perdidos dele, mas o time acaba trancado dentro da residência, assombrada pelo fantasma da esposa do pintor e as memórias doloridas da perda de um filho, que caiu por acidente dentro do incinerador de lixo. Embora não tenha zumbis, é bem claro como a história de um grupo preso em uma mansão suspeita influenciou o primeiro Resident Evil.

A bem da verdade, Sweet Home estava disponível no YouTube há mais de 10 anos, mas em uma versão de baixa qualidade, extraída diretamente de uma fita VHS sem tratamento nenhum. A nova resolução traz mais detalhes de um filme que nunca chegou a ser lançado em versões digitais ou via streaming, nem mesmo no Japão, enquanto a nova legenda corrige erros de tradução da anterior e falas que não podiam ser entendidas devido à baixa qualidade da cópia.

Disputa judicial impediu relançamentos oficiais

Enquanto a versão lançada pelo grupo Kineko Video é, de longe, a de melhor qualidade disponível, disputas judiciais impediram reedições oficiais de Sweet Home. De acordo com o que é contado pelos próprios responsáveis por essa remasterização, a questão envolve uma briga entre o diretor Kiyoshi Kurosawa (Pulse) e as produtoras Toho e Itami Productions em relação a pagamentos pelos relançamentos.

Enquanto relançamentos oficiais de Sweet Home não acontecem há décadas, fitas e discos analógicos do longa são vendidos por fãs a centenas de dólares em sites de leilão (Imagem: Captura de tela/Felipe Demartini/Canaltech)
Enquanto relançamentos oficiais de Sweet Home não acontecem há décadas, fitas e discos analógicos do longa são vendidos por fãs a centenas de dólares em sites de leilão (Imagem: Captura de tela/Felipe Demartini/Canaltech)
Foto: Canaltech

A disputa, inclusive, envolve compensações relacionadas às versões em VHS e laser disc. Como dá para imaginar, a briga impediu novas versões de Sweet Home, tanto no Japão quanto fora dele, tornando as cópias originais bem raras — no momento em que essa reportagem é escrita, por exemplo, um único VHS original do longa está disponível no site de leilões eBay e é vendido por US$ 400, cerca de R$ 1.980 em conversão direta.

Longa foi adaptado em jogo e levou a Resident Evil

As relações entre Sweet Home e Resident Evil começam ainda em 1989. O sucesso do longa, lançado em janeiro, levou a uma adaptação para o NES, o primeiro console da Nintendo, em dezembro, produzida por um dos atores, Juzo Itami, e dirigida por Tokuro Fujiwara. O responsável por nomes de peso da empresa, como Ghosts 'n Goblins e Bionic Commando criou um clássico cult que pode não ter vendido tão bem, mas caiu nas graças da produtora.

Quando o criador de Resident Evil, Shinji Mikami, assumiu o projeto, a ideia da Capcom era criar um remake do Sweet Home original. Ao longo de quase três anos de desenvolvimento, entre 1993 até o lançamento em 1996, ele aproveitou influências do jogo original, mas também de outras obras que já havia entregado, como os clássicos Goof Troop e a versão de Aladdin para o Super Nintendo.

Assim como o filme, o jogo também ficou perdido no tempo. Disputas judiciais, na época, fizeram com que o projeto de remake de Sweet Home fosse abandonado e transformado em algo inédito, enquanto o título original jamais saiu do velho Nintendinho.

Do título de 1989, vieram as clássicas animações de portas se abrindo — que se tornariam uma das marcas de Resident Evil — e a história menos linear, entre outros aspectos. O jogador era livre para explorar áreas da mansão e coletar itens sem ordem específica, enquanto os atos realizados durante o game poderiam influenciar na vida ou morte dos personagens; o jogo, aliás, continuava após isso, com mudanças no final de acordo com os eventos da história.

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