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Titanic: novas imagens de expedição mostram deterioração de parte do 'corrimão de Jack e Rose'

'Lembrete de que o Titanic está se deteriorando', diz empresa; expedição aos destroços do navio revelou ainda estátua de bronze perdida

3 set 2024 - 15h45
(atualizado às 17h11)
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Titanic (1997)
Titanic (1997)
Foto: Divulgação Paramount Pictures and Twentieth Century Fox / Flipar

Novas imagens do Titanic divulgadas na última segunda-feira, 2, pela RMS Titanic, empresa que detém os direitos de exploração sobre os destroços do naufrágio do navio, ocorrido há 112 anos, revelam que 4,5 metros do corrimão à bombordo, logo atrás de sua proa icônica, se desprenderam no fundo do oceano. Trata-se do mesmo corrimão que aparece em uma das mais clássicas cenas do filme "Titanic" (1997), dirigido por James Cameron. No filme, os personagens Rose DeWitt Bukater, vivida pela atriz Kate Winslet, e Jack Dawson, vivido por Leonardo DiCaprio, aparecem de braços abertos na proa do navio.

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"Desde filmes até a literatura, o casco imponente do Titanic tornou-se um elemento fundamental na história e imagética do grande transatlântico. Por décadas, a proa foi um testemunho da resiliência de sua força e orgulho. A mudança drástica na imagem celebrada é um lembrete de que o Titanic está se deteriorando, fortalecendo nossa resolução de preservar seu legado", informou a RMS Titanic.

O corrimão ainda estava de pé até 2022. "Estamos tristes pela perda do icônico corrimão de proa e outras evidências de decaimento que apenas fortaleceram nosso compromisso em preservar o legado do Titanic", disse Tomasina Ray, diretora de coleções para a empresa.

A expedição também localizou uma estátua de bronze que não era vista por décadas e acreditava-se que estava perdida: a estátua "Diana de Versalhes", vista pela última vez em 1986, que agora tem uma imagem clara e atualizada, disse a empresa.

A RMS Titanic, com sede na Geórgia, concluiu sua primeira viagem ao Titanic desde 2010 entre os meses de julho e agosto deste ano. A equipe passou 20 dias no local e retornou a Providence, Rhode Island, em 9 de agosto. Eles capturaram mais de 2 milhões de imagens de alta resolução do local. As descobertas desta viagem mais recente "mostram uma mistura agridoce de preservação e perda", disse a empresa.

A viagem para o remoto canto do Oceano Atlântico Norte, onde o Titanic afundou, aconteceu enquanto a Guarda Costeira dos EUA investiga a implosão do submersível Titan, que ocorreu em junho de 2023. De propriedade da empresa chamada OceanGate, o desastre matou todas as cinco pessoas a bordo, incluindo Paul-Henri Nargeolet, que era diretor de pesquisa submarina para a RMS Titanic.

Mapeamento

A equipe também mapeou completamente o naufrágio e seu campo de destroços com equipamentos que devem melhorar o entendimento do local. O próximo passo é processar os dados para que possam ser compartilhados com a comunidade científica, para que "artefatos historicamente significativos e em risco possam ser identificados para recuperação segura em futuras expedições", disse a RMS Titanic.

A empresa afirmou antes da expedição que tinha uma missão especialmente importante após a morte de Paul-Henri Nargeolet na implosão do Titan.

A investigação da Guarda Costeira sobre o Titan será objeto de uma audiência pública no final de setembro. A família de Nargeolet entrou com uma ação por homicídio culposo contra a operadora do submarino, OceanGate, que suspendeu as operações após a implosão. A OceanGate não comentou publicamente sobre a ação, movida em um tribunal estadual de Washington. / COM INFORMAÇÕES DA AP

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Estadão
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