'Turma da Mônica Jovem' fracassa e 'Minha Irmã e Eu' chega a 1,5 milhão de público
Longa de Tatá Werneck e Ingrid Guimarães segue fazendo sucesso nas salas brasileiras.
A estreia de 'Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo' não atingiu as expectativas do mercado. De acordo com dados da Comscore, o filme teve um público de 73 mil pessoas entre quinta-feira e domingo (21/1), faturando R$ 1,48 milhão e se posicionando apenas em 7º lugar nas bilheterias do país.
Em comparação, 'Turma da Mônica - Laços' (2019) ultrapassou a marca de 2 milhões de espectadores, enquanto sua continuação, 'Turma da Mônica - Lições', alcançou 500 mil espectadores em apenas duas semanas de exibição, tornando-se o filme brasileiro mais assistido em 2022.
O público deixou claro, desde antes da estreia, que não aprovou a troca de elenco na nova produção –um equívoco da Mauricio de Sousa Produções, que buscou o lucro imediato ao negociar 'Turma da Mônica' e 'Turma da Mônica Jovem' como franquias independentes para estúdios diferentes, resultando em elenco, abordagem e equipe de produção distintos no novo filme. As críticas também penderam para as avaliações negativas, em contraste com a aprovação unânime dos primeiros filmes.
O pódio
Enquanto isso, 'Aquaman 2: O Reino Perdido' manteve a liderança nas bilheterias brasileiras pela quinta semana consecutiva. A produção da Warner Bros. arrecadou R$ 4,51 milhões, com um público de 200 mil pessoas. Ao todo, o filme já soma R$ 30 milhões em receita e 3,37 milhões de espectadores no Brasil.
'Minha Irmã e Eu' também permaneceu na 2ª posição no ranking, seguido por 'Wish: O Poder dos Desejos' em 3º.
Com seu sucesso, 'Minha Irmã e Eu' superou a marca de 1,54 milhão de espectadores em seu acumulado, consolidando-se nas bilheterias como maior sucesso nacional pós-pandemia.
"Boicote"
Vale lembrar que o sucesso nacional foi alvo de "boicote" nos cinemas.
Bolsonaristas miraram principalmente em Tatá para "tirar o sono dessa lulista", conforme descrição de Samantha Cavalca num post sobre a atriz no X, antigo Twitter. Ela é a grande incentivadora nas redes sociais de todos os boicotes que fracassaram no ano passado. Os alvos são sempre artistas que apoiaram a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. O filme visado anteriormente, 'Ó Pai, Ó 2', com Lázaro Ramos, tornou-se a maior bilheteria de cinema do Nordeste em todos os tempos. Como Lázaro também faz participação na nova comédia, o boicote tinha "que ser forte".
Mesmo lançado no último fim de semana do ano, 'Minha Irmã e Eu' também quebrou o recorde de maior bilheteria de estreia de 2023. Fez mais que o dobro do filme que, até a véspera, detinha o título de maior abertura nacional do ano: 'Mussum, O Filmis', com cerca de R$ 2 milhões de faturamento.