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Vladimir Carvalho, cineasta e documentarista integrante do Cinema Novo, morre aos 89 anos

Com mais de 50 anos de carreira, ele morreu nesta quinta-feira, 24. Grande referência do cinema nacional, Carvalho produziu dezenas de documentários e foi professor universitário

24 out 2024 - 16h32
(atualizado às 16h41)
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Vladimir Carvalho, cineasta e documentarista com mais de 50 anos de carreira, morreu nesta quinta-feira, 24, aos 89 anos. Por decorrência de um infarto, ele estava internado com problemas renais há três semanas e recebia hemodiálise em um hospital de Brasília, onde morava.

Referência do cinema nacional, Carvalho produziu dezenas de documentários que enfocavam, sobretudo, temas políticos e da história do País. Suas produções fazem parte do chamado Cinema Novo, com destaque para obras como O País de São Saruê (1971), O Evangelho Segundo Teotônio (1984) e Conterrâneos velhos de guerra (1991).

Os cineastas acabaram na clandestinidade para se protegerem da prisão política. De início, Carvalho se escondeu em Campina Grande, e depois foi para o Rio de Janeiro. Nesse período, foi assistente de Arnaldo Jabor no documentário A Opinião Pública (1967). Trabalhou também como repórter, no Diário de Notícias, cobrindo passeatas contra a ditadura militar na cidade.

No final da década de 1970, mudou-se para Brasília para trabalhar em um projeto relacionado a documentários na UnB, que duraria dois meses. Acabou ficando, e tornou-se professor da universidade, dedicando ao ensino e pesquisa de cinema por 20 anos. Em 2012, recebeu o título de Professor Emérito da UnB.

Em 1994, Carvalho fundou a Associação Brasileira de Documentaristas. Também criou a Fundação Cinememória, que abriga o seu acervo, além de peças doadas por outros cineastas e pesquisadores. No total, são 23 documentários, além de mais de 5 mil livros, cartazes de filmes, jornais, revistas, fotos, equipamentos como câmeras e máquinas, incluindo a moviola utilizada por Glauber Rocha para editar o filme Terra em Transe. Nos últimos anos, o cineasta havia transformado sua casa em um museu, exibindo tais peças.

Estadão
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