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Indicado ao sexto Oscar, Denzel Washington é estrela de 'O Voo'

8 fev 2013 - 08h28
(atualizado às 12h08)
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A aparição relâmpago em uma cena de Desejo de Matar, na qual, na pele de um assaltante, é assassinado pelo protagonista interpretado por Charles Bronson, não dava pistas para o estrondoso sucesso que seria sua carreira. No entanto, hoje, quase 40 anos depois de viver o personagem que sequer fora citado nos créditos do longa de 1974, Denzel Washington se encontra entre os mais respeitados nomes de Hollywood, com uma carreira repleta de atuações de destaque, coroada com prêmios e homenagens. Oscar? Nem se fala. Washington faz parte do seleto grupo de atores a conquistar duas honrarias da Academia, já tendo sido indicado seis vezes a categorias do evento - incluindo por sua atuação mais recente em O Voo, que estreia nos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (8).

No novo longa, dirigido por Robert Zemeckis, da clássica trilogia De Volta para o Futuro, o astro interpreta William "Whip" Whitaker, um piloto que se torna herói ao salvar um avião de um acidente, mas, posteriormente, passa a ser investigado por supostas irregularidades que teria cometido na ocasião.

Washington começou a integrar o mundo das artes cedo, ainda criança, na escola. Quando tinha por volta de 7, 8 anos de idade, o então desconhecido ator nova-iorquino estrelou um show de talentos com um amigo chamado Wayne Bridges. Entretanto, segundo ele mesmo definiu, não fosse por um acontecimento em sua família ocorrido ainda na adolescência, a vida que levava com as más companhias do Harlen, bairro pobre onde cresceu, provavelmente o impediria de estampar seu nome na história do cinema norte-americano: o divórcio dos pais.

O fato o levou a permanecer mais tempo com a mãe, assumindo responsabilidades em casa, e a se dedicar aos estudos. Depois de se formar no ensino médio, Washington entrou em um curso de graduação em jornalismo e, logo, graças a participações em grupos de teatro, resolveu mudar de área, migrando para São Francisco, onde passou a estudar no Conservatório de Teatro Americano.

Apesar de ter atuado em alguns filmes no início de carreira - incluindo Wilma (1977), onde conheceu sua mulher, Pauletta Washington, e na comédia A Cara do Pai (1981), estrelada pelo conceituado comediante George Segal -, foi na televisão que Washington começou a ganhar destaque. Ao longo de cinco anos o ator encarnou o Dr. Phillip Chandler em St. Elsewhere, popular série dramática norte-americana que abordava o cotidiano de um hospital localizado na cidade de Boston, exibida pela rede NBC entre 1982 e 1988.

Ainda assim, nesse meio tempo o ator não largou os grandes trabalhos para as telonas. No período atuou em seis longas-metragens, alguns deles com grandes nomes do cinema norte-americano, como Um Grito de Liberdade, com Kevin Kline, responsável por lhe dar sua primeira indicação ao Oscar (de Melhor Ator Coadjuvante), e Power, com Gene Hackman e Richard Gere, que lhe deu o prêmio Image Award de melhor ator secundário.

A recompensa pelos esforços veio em 1989, com a belíssima interpretação de Washington na pele de Trip, um ex-escravo que se junta ao exército da União durante a Guerra Civil Americana, ocorrida entre 1861 e 1865, no longa Tempo de Glória. O papel lhe deu o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante naquele ano.

Depois de atuações em produções de menor destaque, como na comédia Heart Condition, no longa do diretor Spike Lee Mais e Melhores Blues, e no romance Mississippi Masala, Washington voltou a brilhar em 1992, quando encarnou um dos mais respeitados e conhecidos personagens da cultura negra norte-americana, o líder Malcolm X - que, assim como seu conterrâneo Martin Luther King, foi assassinado em meio a uma das maiores revoluções raciais da história dos EUA. A interpretação voltou a colocá-lo entre os indicados ao Oscar de Melhor Ator, prêmio conquistado por Al Pacino, por seu papel em Perfume de Mulher.

Invejável

São pouquíssimos os atores que possuem a posição de Denzel Washington no cinema norte-americano. Apenas Jack Nicholson o supera em conquistas no Oscar (dois prêmios de Melhor Ator e um de Melhor Ator Coadjuvante) e somente outros 19 - entre eles renomados como Robert De Niro, Gene Hackman, Dustin Hoffman e Kevin Spacey - integram a seleta lista de premiados com dois troféus da Academia. E, como mostra a nova indicação, pela atuação em O Voo, esse número ainda pode crescer.

Depois do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, conquistado em 1989 pela atuação em Tempo de Glória, Washington foi finalmente coroado com o mais cobiçado dos prêmios entre intérpretes de Hollywood: o de Melhor Ator. A raivosa caracterização do astro ao Detetive Alonzo Harris em Dia de Treinamento (2001), também estrelado por Ethan Hawk, foi responsável pelo feito - em que superou as renomadas interpretações de Russel Crowe em Uma Mente Brilhante, de Will Smith em Ali e de Sean Penn em Uma Lição de Amor.

"É simples. Você ganha um papel e o interpreta, tenta fazê-lo bem. Você faz seu trabalho e vai para casa. Mas o que é lindo sobre os filmes é que, uma vez prontos, eles pertencem às pessoas. Uma vez que você o faz, seu trabalho é aquilo que você vê", disse certa vez sobre como se vê na posição de astro. "Não me preocupo com prêmios. Já estive nessas festas por vezes suficientes para saber que eles não são importantes."

Casado desde 1983 com a também atriz Pauletta Washington - com quem tem quatro filhos -, Washington começou recentemente a se arriscar também em trabalhos por trás das câmeras. Em 2002, estreou como diretor em Voltando a Viver, cargo que voltou a assumir na cinebiografia The Great Debaters, estrelada por ele e por Forest Whitaker.

A exemplo de colegas de profissão como Tom Cruise, Washington tem também exercido cada vez mais a função de produtor e produtor-executivo - dois recentes são O Livro de Eli e Protegendo o Inimigo. Nada que tire foco do trabalho que o consagrou: seu próximo filme, 2 Guns, com Mark Wahlberg, estreia nos EUA em agosto de 2013.

Fonte: Terra
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