"Kraven, o Caçador" estreia com uma das piores avaliações do ano no Rotten Tomatoes
O filme estrelado por Aaron Taylor-Johnson foi pior avaliado que "Coringa: Delírio a Dois" pela crítica dos Estados Unidos
Pior filme do ano
O filme "Kraven, o Caçador" recebeu uma das piores avaliações do ano no Rotten Tomatoes, sendo mais detestado pela crítica dos Estados Unidos que as tramas de "Coringa: Delírio a Dois", "Operação Natal" e "Megalópolis". A adaptação de quadrinhos estrelada por Aaron Taylor-Johnson ("Vingadores: Era de Ultron") entrou na plataforma com apenas 14% de aprovação, baseado em 42 análises de críticos. A pontuação foi uma das mais baixas do Universo Marvel da Sony, que inclui filmes como "Venom" e "Morbius", que respectivamente receberam 30% e 15% de aprovação dos críticos no Rotten Tomatoes. Apesar disso, ainda está melhor avaliado do que "Madame Teia", que teve somente 11% de aprovação.
Críticas negativas
De um modo geral, os críticos americanos questionaram as cenas de ação, reclamaram dos efeitos visuais e ainda reprovam o roteiro previsível. O crítico do jornal Chicago Sun Times resumiu tudo ao chamar a produção de "uma pilha mal cozida de mediocridade fumegante", enquanto o site ScreenCrush postou o epitáfio: "Esses spin-offs do Homem-Aranha sem o Homem-Aranha realmente precisam parar".
Fracasso comercial
Para piorar, o filme também tem péssima perspectiva nas bilheterias. Segundo a revista americana Variety, "Kraven" deve arrecadar entre US$ 13 e US$ 15 milhões em vendas de ingresso no mercado interno neste fim de semana, bem menos que "Madame Teia", que arrecadou US$ 15 milhões no fim de semana de estreia e foi considerado a menor bilheteria da franquia.
Não por acaso, a Sony deixou vazar que estava encerrando o projeto de criar filmes baseados nos vilões do Homem-Aranha. Apenas "Venom" deu lucro e ainda assim o último filme da trilogia rendeu metade do que faturou o primeiro lançamento. Por isso, apesar de seu desfecho indicar, "Kraven" não terá continuação.
História do filme
Na trama, o jovem Kraven (Taylor-Johnson) reluta em seguir os passos do pai caçador e mafioso, até ser atacado por um leão durante uma caçada. Deixado para morrer pela própria família, ele se transforma, e não apenas de forma figurada, ganhando habilidades místicas. Já adulto, Kraven passa a caçar o próprio pai, eliminando todos os chefes do sindicato do crime da família.
O elenco também destaca Ariana DeBose ("Amor, Sublime Amor") como a feiticeira Calipso, Fred Hechinger ("The White Lotus") como o irmão de Kraven (também conhecido como o vilão Camaleão nos quadrinhos), Russell Crowe ("Gladiador") como o pai de Kraven, além de Alessandro Nivola ("Os Muitos Santos de Newark") como ninguém menos que o Rino.
Edição retalhou a trama
A estreia de "Kraven" nos cinemas mostrou grandes mudanças da trama em relação aos trailers divulgados com antecedência. Tudo indica que a produção passou por uma edição severa antes de ser liberada para o público pela Sony.
Nos trailers, Kraven ganhava poderes ao ser infectado pelo sangue de um leão supostamente místico. No filme, ele ganha poderes ao ser salvo por uma jovem Calipso, que o revive com um misterioso elixir dado a ela por sua avó, com a profecia de que um dia seria usado para ressuscitar um grande guerreiro. Kraven volta dos mortos com poderes sobre-humanos e a ideia de que o leão está de alguma forma ligado às suas habilidades está completamente ausente do filme.
Enquanto Kraven se afasta desse elo sobrenatural com a fera, há momentos no filme em que é fortemente sugerido que ele pode se comunicar ou controlar animais, habilidade que fica no ar, devido aos cortes. Durante a cena final, Kraven descobre um colete feito com a pele do leão, deixado por seu pai, junto com um bilhete que avisa que ele não pode escapar de seu destino. É apenas neste momento que ele veste o traje clássico dos quadrinhos, fazendo pose antes dos créditos subiram - o que significa que as cenas de ação dos trailers, que mostravam Kraven de colete, também foram cortadas.
A produção estreou nos cinemas brasileiros na quinta-feira (12/12), um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Pipoca Moderna
