Kung Fu Panda 4: Brasileiro no espectro autista tem animação como inspiração de vida
Terra participou da pré-estreia do filme em São Paulo e te conta tudo o que rolou.
Já se passaram 8 anos desde que 'Kung Fu Panda 3' chegou aos cinemas, e o quarto filme da franquia, que estreia hoje nos cinemas brasileiros, está provando que a popularidade de Po continua alta.
Em 'Kung Fu Panda 4', Po deve encontrar e treinar um novo Dragão Guerreiro após ser escolhido para se tornar o Líder Espiritual do Vale da Paz. Enquanto isso, uma feiticeira perversa busca trazer de volta do mundo espiritual todos os vilões-mestres já derrotados por Po. Será que nosso panda favorito terá problemas à vista?
O Terra participou da pré-estreia de 'Kung Fu Panda 4' em São Paulo, SP, com as presenças de Lucio Mauro Filho, que dubla Po desde 2008, Dani Suzuki e Tais Araujo, que emprestam suas vozes às novatas Zhen e Camaleoa, duas personagens que vão dar muito trabalho para o nosso amado protagonista.
Lição de vida
Além de garantir muitas risadas e diversão para a família toda, 'Kung Fu Panda' também pode servir como um belo exemplo de filosofia de vida. Quem confirma isso é Victor, um jovem de 21 anos no espectro autista, superfã da saga, que se inspira nas lições da história para a sua própria vida e foi nosso convidado para ver o filme antes do lançamento.
Para ele, Po, é claro, é o personagem favorito, junto ao mestre Shifu, treinador do Dragão Guerreiro. A preferência por Po é explicada de forma muito simples: "Ele salva o mundo na paz", diz Victor em entrevista concedida ao Terra, sintetizando em uma única frase a importância da mensagem por trás de 'Kung Fu Panda'.
A identificação de Victor com os personagens é confirmada pela mãe do rapaz, Isabela. "Ele assiste todos os dias, então [assistir ao 4º filme] está sendo maravilhoso. Ele se identifica muito com o Po e eu vejo muito isso nele", confessa.
"Ele é inocente, mas é verdadeiro e puro, assim como você", diz Isabela ao filho.
Amadurecimento e segundas chances
Voz brasileira de Po desde o primeiro filme, Lucio Mauro Filho enxerga um amadurecimento no personagem e se orgulha da trajetória com o panda. "Lá atrás tinha uma coisa mais doce, mais ingênua. Tinha a questão dele com a paternidade e com as origens", recorda.
"Agora isso já passou e ele não está mais olhando para trás, para a ancestralidade. Ele está olhando para o futuro, para o legado dele e quem vai se tornar o Dragão Guerreiro. Então não é só o ator que envelhece, o panda também deu uma amadurecida", brinca.
Estreante na franquia, Tais Araújo aproveitou a pré-estreia para exaltar o trabalho dos dubladores brasileiros. "Dublar não é fácil, e vivemos em um país que tem alguns dos melhores dubladores do mundo", recorda ao Terra. "Quando vou ver alguma animação, sempre prefiro ver em português, porque nossos dubladores são maravilhosos!"
"Isso, para quem é ator, é uma dificuldade. Eles são muito melhores que a gente que não dubla", reconhece. "É uma qualidade difícil de alcançar, mas nada que a prática não traga."
Dani Suzuki finaliza recordando o que é mais importante no filme:
"Acho que Kung Fu Panda 4 vem de uma forma muito mais forte mostrando que ninguém é perfeito, mas que podemos ter escolhas para melhorar nossas habilidades. É um grande ensinamento."