Lúcia Murat fala sobre os desafios de 'Ana. Sem Título'
Livremente inspirado na peça 'Há mais futuro que passado' o road-movie 'Ana. Sem Título' chega aos cinemas dia 29 de julho
Ana. Sem Título, road-movie da diretora Lúcia Murat chega aos cinemas dia 29 de julho. Selecionado para a 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o longa é um hibridismo entre documentário e ficção e foi livremente inspirado na peça Há mais futuro que passado. Para o Terra, Lúcia Murat e Tatiana Salem Levy falaram sobre os desafios e expectativas do filme.
Ana. Sem Título, apresenta artistas plásticas mulheres da América Latina através da ótica de Stela. A personagem resolve fazer um trabalho sobre cartas trocadas entre elas durante os anos 70 e 80. Stela parte em uma viagem para Cuba, México, Argentina e Chile para descobrir o que essas mulheres enfrentaram durante as ditaduras nesses países. Nessa viagem, encontra inúmeras artistas importantes e muitas ativistas como as da associação Mães da Praça de Maio, que perderam seus filhos durante a Ditadura Militar na Argentina. Em meio a idas e vindas ela descobre Ana e resolve se aprofundar melhor sobre a vida dessa artista e ir atrás de sua história.
“Resolvi fazer desse trabalho um filme porque sabia que nesta busca ia encontrar minha geração. No Brasil, existem mais de 430 mortos desaparecidos durante a ditadura. Muitas mulheres. Mas, diferente do Chile, os responsáveis nunca foram julgados”, comenta a diretora Lúcia Murat.