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"Maria Lúcia é a doçura da história", diz Ísis Valverde sobre 'Faroeste Caboclo'

20 mai 2013 - 15h20
(atualizado às 21h50)
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"Me apaixonei pelo personagem. Não aceito trabalho por tamanho, mas sim por densidade", disse Valverde
"Me apaixonei pelo personagem. Não aceito trabalho por tamanho, mas sim por densidade", disse Valverde
Foto: Divulgação

"Ela é uma rosa no meio daquele cenário seco." Assim Ísis Valverde define Maria Lúcia, sua personagem no longa Faroeste Caboclo, baseado no sucesso do Legião Urbana. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (20), em São Paulo, a atriz contou que aceitou o papel assim que leu o roteiro. "Me apaixonei pelo personagem. Não aceito trabalho por tamanho, mas sim por densidade", comentou, explicando o papel da mocinha na história. "Ela está ali para segurar a bronca entre os dois (João de Santo Cristo, vivido por Fabrício Boliveira, e Jeremias, interpretado por Felipe Abib), é a doçura da história."

A atriz disse que teve cuidado ao construir seu personagem, que, segundo ela, é uma presença marcante no imaginário dos fãs de Legião Urbana. Para isso, contou com a ajuda da mãe de Renato Russo, Carmem Manfredini, que recebeu o elenco na casa da família em Brasília. "Perguntei para ela em quem o Renato havia se inspirado para criar Maria Lúcia", comenta. "Ela me mostrou fotos da turma dele na época e explicou: 'não era uma Maria Lúcia, mas várias Marias Lúcias.'" Olhando para as diferentes amigas de Renato e suas reações nos retratos, Valverde diz que procurou encaixar diversos elementos na personagem.

Outra ajuda valiosa foi de Marcos Paulo, que interpreta o pai de Maria Lúcia, um senador fã de jazz e com problemas de relacionamento com a filha. "Diversas vezes nós conversávamos na janela do apartamento, antes das cenas, para definir qual seria o tom que daríamos. Um ator tão experiente ajudar uma atriz tão jovem foi algo maravilhoso", disse. Faroeste Caboclo foi o último trabalho de Marcos Paulo, que morreu em 11 de novembro de 2012. 

Maria Lúcia tem uma presença maior na tela do que na quilométrica música - como lembra o diretor René Sampaio, na canção o nome da personagem aparece quase aos 4 minutos dos mais de 9. Isso porque a produção escolheu o recorte da história de amor entre ela e João de Santo Cristo para narrar a saga do nordestino pobre que constrói a vida de forma errática na capital federal. Mas, mesmo que na letra Maria Lúcia pouco apareça, Sampaio relembra que ela é fundamental na trajetória de Santo Cristo. "É ela que faz com que a vida dele mude e acabe terminando no duelo com Jeremias", lembra. "Procuramos manter o espírito da música e a essência dos personagens, mas não queríamos fazer um clipe", completa o diretor.

Fonte: Terra
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