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"Minha Querida Dama" traz Maggie Smith no papel de uma proprietária durona

17 jun 2015 - 16h41
(atualizado às 17h03)
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Alcoólatra em recuperação, Mathias Gold (Kevin Kline) acredita que recebeu como herança do pai um grande apartamento em Paris. Quando chega à cidade e vai tomar posse do imóvel, tem uma surpresa. Nele vive a nonagenária madame Mathilde Girard (Maggie Smith), proprietária do local numa condição especial, a que os franceses chamam de "viager".

Atriz Maggie Smith chega à pré-estreia do filme "O Exótico Hotel Marigold 2", em Londres, na Inglaterra, em fevereiro. 12/02/2015
Atriz Maggie Smith chega à pré-estreia do filme "O Exótico Hotel Marigold 2", em Londres, na Inglaterra, em fevereiro. 12/02/2015
Foto: Peter Nicholls / Reuters

O apartamento foi comprado por um preço mais baixo e só poderá ser ocupado quando a proprietária morrer. Até lá, Mathias deverá pagar uma taxa de 2.400 euros.

A novidade cai como uma grande bomba na vida de Mathias, que, quebrado, não tem como pagar esse "aluguel" e pretendia vender a propriedade por um bom preço. É claro que Mathilde se recusa a abrir mão do seu direito, mas, ainda assim, deixa que ele se hospede lá, onde também mora sua filha solteira, Chloé (Kristin Scott Thomas).

Baseado numa peça de teatro de Israel Horovitz, que também assina o roteiro e a direção, a narrativa se estrutura primeiro nessa tensão, entre Mathias querer vender o apartamento, e não poder – o que não o impede de negociar com um especulador (Stéphane Freiss), que pretende transformar todo o bairro em um conjunto de prédios. Além disso, ele deixa de lado sua recuperação e volta a beber.

Horovitz constrói, na verdade, um estudo de personagens, partindo da relação deles com essa propriedade privada. Mathias, o americano, é pragmático e vê na venda a resolução de todos os problemas de sua vida. Já Mathilde encara o apartamento como uma lembrança de seu passado. E para Chloé o local representa tradição familiar.

Se um ponto positivo é que a trama nem sempre segue por caminhos óbvios, por outro lado também exagera nas desgraças e infelicidades das vidas dessas pessoas.

Sem negar sua origem teatral, "Minha Querida Dama" se apoia nos diálogos para estabelecer tensões e resoluções de conflitos – que, aliás, são muitos. Para isso, bem sabe o diretor, é preciso atores bastante competentes. O que é o caso aqui.

Grande dama do teatro e cinema ingleses, Maggie Smith reencontrou uma "nova fama" desde a estreia da série "Downtown Abbey", na qual interpreta uma cáustica condessa, Violet Crawley. Aqui sua personagem tem um pouco da acidez de Violet, mas distante do seu porte aristocrático – afinal, ela deu aula de inglês a vida toda –, tornando-se menos corrosiva e mais generosa.

(Por Alysson Oliveira, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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