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Nem Michael B. Jordan em dose dupla salva Pecadores de sua própria mediocridade

Na novidade, Ryan Coogler aposta em um filme sobrenatural, mas tropeça em roteiro confuso, com vilões esquecíveis e personagens desperdiçados

17 abr 2025 - 15h49
(atualizado às 16h01)
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Nem Michael B. Jordan em dose dupla salva Pecadores de sua própria mediocridade; leia a crítica
Nem Michael B. Jordan em dose dupla salva Pecadores de sua própria mediocridade; leia a crítica
Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures / Rolling Stone Brasil

Responsável por sucessos como a trilogia Creed (2015-2023) e Pantera Negra (2018), com Chadwick Boseman (19976-2020), Ryan Coogler está de volta às telonas com Pecadores, que chega aos cinemas a partir desta quinta-feira, dia 17 de abril, sob uma saraivada de elogios. Mas será que o longa, um filme de época com uma pegada sobrenatural, é realmente o melhor do ano?

Na novidade, os gêmeos Elijah Isaiah, interpretados por Michael B. Jordan (Quarteto Fantástico), voltam para a sua cidade natal, no Mississipi (EUA), com a intenção de abrir um clube de blues. Porém, com um histórico conturbado, a dupla descobre que um mal ainda maior está à espera deles, pronto para recebê-los de volta.

Com trilha sonora de Ludwig Göransson (do vencedor do Oscar Oppenheimer, de 2023) e uma fotografia marcante (assinada por Autumn Durald Arkapaw, Pantera Negra: Wakanda Para Sempre), Pecadores é bem-sucedido em sua missão de transportar o espectador para um Mississipi dos anos 1930, em meio à segregação racial sofrida em todo o país, impactando-o com imagens hipnotizantes.

Porém, à medida que o longa avança, Pecadores começa a se perder. Mudanças visuais, como a proporção da tela, e na trilha sonora, que troca composições envolventes por toques de guitarra destoantes, comprometem a imersão na história, quebrando a atmosfera daquele tempo e espaço em que o blues deveria reinar soberano.

O roteiro de Coogler busca tratar temas relevantes, como ancestrealidade, herança musical, celebração da cultura negra e, é claro, a segregação racial. No entanto, a história não sustenta o peso dessas discussões, que tomam grande parte da narrativa, mas não são bem desenvolvidas. Mesmo quando surgem momentos importantes, eles são facilmente esquecíveis e, talvez, sobrevivam apenas em redes como TikTok, quando cortados e viralizados isoladamente.

Mais da metade do filme é dedicada à preparação para o terceiro ato, mas o desenvolvimento fraco dos personagens e a obsessão com piadas sexuais ruins — como menções exageradas a sexo oral em mulheres, por exemplo — acabam atrapalhando a experiência e, no processo, desperdiçando grandes nomes do elenco, que ainda inclui Hailee Steinfeld (Gavião Arqueiro), Wunmi Mosaku (Loki) e Delroy Lindo (Destacamento Blood).

Além disso, quando Pecadores finalmente "lembra" que há antagonistas sobrenaturais na história — e, se o espectador já entendeu sua natureza, deve apenas achá-los ingênuos ou expositivos demais —, o longa introduz criaturas pouco inventivas, irritantes e exageradas, que não sobrevivem à metáfora que o diretor tentou passar para o espectador.

No final, Pecadores é um filme genérico, que parece não ter segurança em seu público. Seja pelos diálogos sem substância, narrações em off desnecessárias ou a dificuldade em saber a hora de acabar, o longa leva pouco mais de duas horas para entregar um decepcionante prato de "arroz com ovo".

Para qual lançamento de 2025 você está mais ansioso? Vote em seu filme favorito!

  • Thunderbolts* (1º de maio)
  • Homem com H (1º de maio)
  • Premonição 6: Laços de Sangue (15 de maio)
  • Lilo & Stitch (22 de maio)
  • Missão: Impossível - O Acerto Final (22 de maio)
  • Extermínio: A Evolução (19 de junho)
  • M3GAN 2.0 (26 de junho)
  • Jurassic World: Recomeço (3 de julho)
  • Superman (10 de julho)
  • Quarteto Fantástico: Primeiros Passos (24 de julho)
  • Tron: Ares (9 de outubro)
  • Wicked Para Sempre (20 de novembro)
Rolling Stone Brasil Rolling Stone Brasil
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