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"O maior lixo da história do cinema": O filme de fantasia dos anos 2000 que quase todos nós conseguimos esquecer

Antes do aclamado blockbuster de Dungeons & Dragons de 2023, RPG ganhou adaptação tenebrosa.

23 abr 2023 - 08h24
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Dungeons & Dragons: Honra entre Rebeldes chegou aos cinemas como parte de algo há muito tempo esperado pela comunidade de fãs do RPG: uma adaptação que tire o gosto amargo de outras tentativas de levar a propriedade para as telas.

Foto: Divulgação/New Line / Adoro Cinema

Não é novidade para ninguém, mas vale ressaltar: dificilmente Hollywood não colocou as mãos em grandes franquias - sejam jogos, livros, séries, podcasts, as possibilidades são infinitas. Adaptações são parte fundamental da manutenção da indústria. Afinal, trata-se de reapresentar conceitos, histórias e personagens que geralmente já cativam um grande número de fãs. Com D&D não é diferente, já que essa não é a primeira tentativa de trazer o game para outra mídia.

Há 23 anos, especificamente entre 8 de dezembro de 2000 e 6 de abril de 2001, o apocalipse da virada do milênio não aconteceu, mas outra catástrofe se preparava nos cinemas: o lançamento de Dungeons & Dragons - A Aventura Começa Agora, longa dirigido por Courtney Solomon.

Apesar da iminente tragédia cinematográfica, o filme tinha um elenco interessante o suficiente para atrair o público: Justin Whalin, conhecido por Lois & Clark; Marlon Wayans, que na época tinha acabado de estrelar Todo Mundo em Pânico e Réquiem para um Sonho; Thora Birch, de Beleza Americana; e o astro britânico Jeremy Irons.

No entanto, apesar do orçamento de US$ 45 milhões, Dungeons & Dragons seria um fracasso monumental tanto comercial quanto na crítica. Entre trancos e barrancos, o filme conquistou 34 milhões de dólares mundialmente, sem ao menos recuperar o orçamento inicial e causando grandes prejuízos para a New Line Cinema, que logo na sequência "recompensou o fracasso" com nada menos do que a trilogia de O Senhor dos Anéis de Peter Jackson.

No Rotten Tomatoes, o filme conquistou apenas 9% de aprovação da imprensa, contra 20% do público. Segundo os críticos, "apesar da presença de atores talentosos, a atuação é muito ruim", e houve um consenso da crítica sobre o personagem de Marlon Wayans de "um retrocesso racista aos estereótipos negros" sobre o papel.

Em 2010, a revista Empire colocou o longa no 39º lugar de sua lista dos 50 piores filmes de todos os tempos. Agora, 23 anos depois, há, enfim, uma versão do RPG nas telonas que faz jus ao título. Diferente da outra empreitada, o projeto já conseguiu recuperar o investimento milionário do orçamento.

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