'Os Quatro da Candelária' encontrou outro ângulo para retratar horrores da chacina: 'Os sonhos que as crianças tinham'
A série chega ao catálogo da Netflix em outubro.
Em 23 julho de 1993, um crime bárbaro ganhou as manchetes de todo o Brasil: três policiais militares e um ex-PM abriram fogo contra crianças e adolescentes nas ruas do Centro do Rio — especificamente na calçada da Igreja da Candelária — fazendo oito vítimas.
Agora, mais de 30 anos após o massacre, a Netflix lançará a série Os Quatro da Candelária, que retrata as crianças ao longo das 36 horas que antecederam o crime. O criador, Luis Lomenha, já adiantou que contará a história com total respeito às vítimas e, mais que isso, também dará um toque lúdico à história.
Em participação na Feira Literária de Paraty, na primeira quinzena de outubro, Luis Lomenha explicou a importância de se afastar da narrativa violenta e mostrar uma perspectiva humanizada das crianças.
"A gente aposta muito nos sonhos que foram interrompidos, mas sob o ponto de vista de cada uma dessas quatro crianças que imaginam um mundo completamente diferente do que muita gente julga e segue julgando até hoje. Volta e meia a gente lê nas redes sociais 'a gente precisa de uma nova Candelária', mas elas eram crianças, elas sonhavam. Algumas crianças que, na época, foram sobreviventes da Candelária e têm histórias incríveis, hoje são nossos consultores de conteúdo", contou.
Em outra entrevista, dessa vez à revista Piauí, o criador complementou a fala, pontuando a importância de enxergar aquelas crianças com olhos afetuosos. "Primeiro, nós decidimos que era fundamental respeitar os corpos desse…
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