Oscar cancelado? Academia diz que especulações são falsas e cerimônia está garantida
Organização do evento negou cancelamento por causa dos incêndios em Los Angeles e manteve a data do prêmio, marcado para 2 de março
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que organiza o Oscar, negou que a cerimônia será cancelada e manteve a data do evento, marcado para o dia 2 de março.
A confirmação acontece após especulações sobre um possível cancelamento da 97ª edição do prêmio em meio aos incêndios que atingem a cidade de Los Angeles há mais de uma semana (via Hollywood Reporter).
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Os boatos começaram no Reino Unido com o tabloide The Sun, que publicou uma materia afirmando que o Oscar 2025 estaria à beira do cancelamento e a situação estaria sendo monitorada por um comitê formado por celebridades como Tom Hanks, Emma Stone, Meryl Streep e Steven Spielberg.
De acordo com a apuração do Hollywood Reporter a partir de conversas com pessoas próximas dos famosos mencionados acima, assim como figuras importantes da Academia, nenhum plano desse tipo está sendo contemplado e nenhum comitê consultivo existe.
O único órgão que atualmente avalia as medias que devem ser adotas pela organização é um conselho formado por 55 pessoas — e que não inclui nenhum dos nomes citados pelo The Sun. Foi esse mesmo conselho que determinou, na última segunda-feira (13 de janeiro), que a data será mantida.
O grupo — que inclui quatro pessoas que perderam suas casas nos incêndios —, no entanto, estendeu o período de votação das indicações ao Oscar, adiou o anúncio dos indicados; cancelou o Almoço dos Indicados ao Oscar deste ano; e adiou o Prêmio Científico e Técnico.
Logística e oportunidade digna
Qualquer mudança na cerimônia demandaria uma negociação complexa com a ABC, parceira de longa data na transmissão televisiva do evento. Além disso, os organizadores enxergam o Oscar como uma oportunidade digna de levantar fundos e celebrar os esforços de combate ao fogo.
As notícias geraram reações diferentes de nomes importantes da indústria cinematográfica. A atriz Jean Smart sugeriu que as emissoras de televisão não transmitissem a cerimônia e os patrocinadores doassem as receitas para as vítimas e bombeiros. Seguindo na mesma linha, o escritor Stephen King declarou que não votará no Oscar deste ano: "Nada de ostentação com Los Angeles em chamas".
Por outro lado, nomes como Rosanna Arquette defenderam a manutenção do evento. Pelas redes sociais, a atriz afirmou que "adoraria ver os prêmios SAG, Oscar e Grammy deste ano transformarem os shows em programas para arrecadar dinheiro para a comunidade, a cidade de Los Angeles, para famílias que perderam suas casas, animais de estimação e memórias de vida e para nossos amados bombeiros que salvaram vidas."
Outro fator tem peso favorável á manutenção do Oscar 2025: o prêmio nunca foi cancelado — nem mesmo durante a Segunda Guerra Mundial ou a pandemia de Covid-19, quando a cerimônia foi realizada de forma reduzida. Por fim, os defensores ainda argumentam que o mercado está se recuperando após o coronavírus e as greves, além de a cerimônia empregar cerca de mil moradores locais.
Fogo em Los Angeles
Os incêndios florestais começaram na terça-feira, 7 de janeiro, e impactaram dezenas de milhares de pessoas. Até o momento, 25 mortes foram confirmadas em decorrência das chamas, de acordo com autoridades da Califórnia.
Mais de 12 mil prédios, casas e outras estruturas foram reduzidas a escombros; e 88 mil moradores receberam ordens para sair de suas casas. Entre os afetados, estão celebridades como os atores Paris Hilton e Anthony Hopkins, além de Adrian Smith, guitarrista do Iron Maiden.
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Rolling Stone Brasil
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