Oscar 2023 terá "equipe de crise" para evitar surpresas como o tapa de Will Smith
No ano passado, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas foi duramente criticada por permitir que Smith permanecesse na plateia
A organização da 95ª cerimônia do Oscar criou uma equipe de crise, dedicada a tentar impedir que outro incidente como o tapa que Will Smith deu em Chris Rock volte a acontecer. A ideia é que essa equipe consiga agir com o intuito de impedir que qualquer situação fora do roteiro aconteça na cerimônia desse ano.
"É nossa esperança estar preparados para qualquer coisa", disse o diretor executivo da Academia, Bill Kramer, à revista Time. "Por causa do ano passado, abrimos nossas mentes para as muitas coisas que podem acontecer no Oscar".
Já o apresentador da cerimônia deste ano, Jimmy Kimmel, brincou em entrevista para a Rolling Stone, que "eles disseram que 'reviram por várias possibilidades' e estão 'preparados para tudo', mas eu adoraria ter estado nessa reunião porque não consigo imaginar quais seriam essas possibilidades."
O fato é que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que organiza o Oscar, foi duramente criticada por permitir que Smith permanecesse na plateia e aceitasse o prêmio de Melhor Ator mesmo depois de ter agredido Rock no palco por causa de uma piada sobre sua esposa, Jada Pinkett Smith.
Somente após a cerimônia é que a Academia analisou o ocorrido e decidiu banir Will Smith da premiação pelos próximos 10 anos. O banimento, porém, não exclui a possibilidade de ele ser indicado e até mesmo vencer prêmios durante esse tempo. Ele só não poderá ir até o evento para recebê-los.
Não foram divulgados detalhes a respeito de como essa equipe vai agir, nem o que exatamente ela vai fazer. Mas, em um almoço dos indicados ao Oscar, em fevereiro, a presidente da Academia, Janet Yang, disse que o grupo aprendeu que deve agir "rapidamente, com compaixão e decisão" em momentos de crise, e "vocês devem e podem esperar nada menos de nós daqui para frente".
Os produtores do evento, Glenn Weiss e Ricky Kirshner, disseram que esperam manter o foco nos filmes indicados do ano e nas pessoas que os realizaram. "Acho que ninguém está particularmente querendo se concentrar muito no que aconteceu no passado", disse Weiss.
A ideia de manter o foco nos filmes também se refletiu nas indicações. Nesse ano, o Oscar nomeou produções de apelo popular, como "Avatar: O Caminho da Água", "Top Gun: Maverick" e "Tudo Em Todo Lugar ao Mesmo Tempo". "Estaremos lá para entreter e destacar os grandes filmes deste ano, muitos dos quais as pessoas viram, o que é ótimo para nós", disse Kirshner.
O evento também vai contar com as apresentações musicais dos indicados ao Oscar de Melhor Canção Original. São eles: Sofia Carson e Diane Warren por "Applause", do filme "Elas por Elas" (2022), David Byrne, Stephanie Hsu & Son Lux por "This Is A Life" de "Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo" (2022), Rihanna por "Lift Me Up" de "Pantera Negra: Wakanda para Sempre" (2022), e M. M. Keeravani e Chandrabose por "Naatu Naatu", do longa indiano "RRR (Revolta, Rebelião, Revolução)". Só Lady Gaga, indicada por "Hold My Hand", da trilha sonora de "Top Gun: Maverick" (2022), não irá se apresentar.
A 95ª cerimônia do Oscar acontece no domingo, dia 12 de março, em Los Angeles com apresentação do humorista Jimmy Kimmel. A transmissão no Brasil vai acontecer pelo canal pago TNT e pela plataforma HBO Max.