Após indicação de 'Ainda Estou Aqui' ao Oscar, certidão de óbito de Rubens Paiva é alterada. Entenda razão!
A certidão do engenheiro, vítima da Ditadura Militar, foi alterada para morte 'não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro'
Nesta quinta-feira (23), Fernanda Torres e o filme "Ainda Estou Aqui" ganharam novamente os holofotes internacionais. Após uma vitória inédita no Globo de Ouro, a atriz agora concorre ao Oscar, considerada a mais importante premiação de cinema do mundo. Fernanda está indicada na categoria de "Melhor Atriz", um feito histórico. Ela se junta à sua mãe novamente como as únicas brasileiras a serem indicadas nesta importante categoria em toda a história da premiação.
No mesmo dia histórico para o cinema nacional, a certidão de óbito de Rubens Paiva, cuja história foi retratada no premiado "Ainda Estou Aqui", foi alterada para "morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro em decorrência da repressão política durante o regime ditatorial instaurado em 1964".
A nova versão do documento, emitida pelo Cartório da Sé, em São Paulo, agora reconhece oficialmente que Rubens Paiva foi morto em 1971 pela ditadura militar. A certidão anterior, de 1996, apenas registrava o desaparecimento da vítima, sem detalhar as circunstâncias de sua morte, o que foi modificado após uma longa batalha judicial encabeçada por sua esposa, Eunice Paiva.
O filme, lançado no final do ano passado, foi inspirado no livro de mesmo nome escrito pelo jornalista Marcelo Rubens Paiva, filho do engenheiro. O ex-parlamentar foi levado de sua casa, no Rio de Janeiro, por agentes do Centro de Informações da Aeronáutica ...
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