Fernanda Torres diz que Oscar vai para Demi Moore: 'Mulher incrível'
Atriz contou ao Jornal Nacional, da TV Globo, sobre a expectativa para premiação
Fernanda Torres vive a expectativa pelo Oscar, que acontece neste domingo, 2, em Los Angeles, nos Estados Unidos. O longa Ainda Estou Aqui, protagonizado pela brasileira, concorre em três categorias: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz. Apesar da expectativa dos fãs, a filha de Fernanda Montenegro acredita que a estatueta por atuação feminina deve ficar com Demi Moore.
Terra terá programa ao vivo sobre o Oscar na noite de domingo; veja como acompanhar
"Eu acho que o Oscar desse ano vai para a Demi Moore, que é uma mulher que merece. Uma mulher incrível. Eu encontrei com ela aqui. O filme que ela lida é uma coisa muito cara para todos os atores aqui. Para o filme estrangeiro, eu queria muito que o filme [Ainda Estou Aqui] levasse, porque seria um prêmio para todos nós. Em especial o Walter", declarou em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo.
Demi Moore venceu o Bafta e o SAG Awards pelo seu papel em A Substância. A revista Variety, que costuma acertar os vencedores, aposta na norte-americana. Só o jornal New York Times colocou a brasileira como provável ganhadora do Oscar de Melhor Atriz.
No papo com a Globo, Fernanda Torres ainda afirmou que o Oscar de Melhor Filme Internacional seria merecido para a família Paiva.
"Seria um prêmio para todos nós, para Eunice Paiva, essa mulher incrível, para a família Paiva, para o Marcelo Rubens Paiva. Então esse aí eu estou querendo. Vou estar torcendo muito", afirmou.
História de Ainda Estou Aqui
O longa protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e conta a história da família Paiva, que foi destruída pelo regime militar durante o período da ditadura. A personagem principal da história é Eunice Paiva (Fernanda Torres), esposa de Rubens Paiva (Selton Mello), deputado que foi cassado durante o golpe de 1964, chegou a ficar exilado, foi levado pelos militares e nunca voltou para casa.
Eunice dedica a sua vida a conseguir provar que o marido foi morto pelos oficiais logo após ser preso. Ela também chegou a ser levada para “prestar esclarecimentos”, mas acabou liberada após 12 dias em uma cela isolada sem ver a luz do sol. Eliana, uma dos cinco filhos do casal, ficou detida por 24 horas.
Uma das cenas mais marcantes acontece quando Eunice finalmente consegue a certidão de óbito do marido. Rubens Paiva foi morto em janeiro de 1971, mas o documento só saiu em 1996 após lei do governo Fernando Henrique Cardoso que determinou que as pessoas desaparecidas durante a ditadura fossem consideradas mortas. Eunice foi um importante nome na luta para esse reconhecimento.