"Injustiça foi não concorrer como animação", diz crítico sobre 'Rio'
27 fev2012 - 10h32
(atualizado às 13h20)
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O crítico de cinema Franthiesco Ballerini veio aos estúdios do Jornal do Terra nesta segunda-feira (27) para falar sobre a cerimônia do Oscar, que aconteceu na noite de domingo (26). Ele comentou a frustração brasileira por não ter levado a estatueta de Melhor Canção Original com Real in Rio, de Carlinhos Brown e Sérgio Mendes
Oscar ousa para recuperar prestígio perdido, diz crítico:
"A trilha de Os Muppets não era tão grande, mas tem uma nostalgia com os votantes, porque faz parte da cultura norte-americana. É uma paixão nacional. É quase um Oscar honorário e acabou ganhando de Rio, que é superior pela melodia, letra, por tudo. Mas a maior injustição foi não estar entre as cinco melhores animações. Talvez nem venceria, mas uma indicação seria o mínimo para um filme recorde de bilheteria em muitos países", opinou.
Ballerini disse que a maior surpresa da noite foi o Oscar de Melhor Ator ter ido para Jean Dujardin, de O Artista, e não para George Clooney, por Os Descendentes. "É difícil avaliar bem uma atuação de um artista quando não há diálogo e depois de quase 90 anos dos últimos filmes mudos. Pelo menos nos últimos 75 anos, o critério de avaliar a boa atuacao é o dialógo. É surpreendente. A Academia ousou. E ousou também porque a audiêcia do Oscar vem caindo. Em função do horário, ela não consegue se inovar. É uma maneira deter luz, de chamar a atenção: 'nossa, um filme mudo está ganhando o Oscar'".
Sobre o Oscar de Meryl Streep, melhor atriz por A Dama de Ferro, ponderou. "Foi o momento mais emocionante em uma premiação que ainda é longa e enfadonha. Ela é tão verdadeira e querida pelo público. É carismatica, além de ser boa atriz. É uma boa interpretacão e é gracas a ela que o filme se tornou bacana. Mas também fosse o momento de dar um Oscar a Gleen Close, que teve uma atuação brilhante em Albert Nobbs, e nunca ganhou", disse.
Além de elogiar o O Artista, Franthiesco Ballerini também aproveitou para falar sobre A Invenção de Hugo Cabret, que assim como o longa de produção francesa, levou cinco estuetas, porém apenas em categorias técnicas. "Scorsese não usou apenas a tecnologia 3D, ele também tinha uma boa história por trás. Não é o melhor filme dele e não surpreende, mas tecnicamente ele caprichou. Para melhor filme, melhor roteiro, diretor, eu acho que não era a vez dele mesmo. Você via no rosto dele que ele sabia que não ia ganhar tudo", completou.
"Em geral, a gente já esperava que O Artista e A Invenção de Hugo Cabret levassem algumas estatuetas. Hollywood está em crise e os estúdios dão uma recuada, dando mais notoriedade para filmes do mundo inteiro. A Academia fica mais propensa a premiar filmes de outros países. Isso torna a premiação mais democrática. Foram pouquíssimos ganhadores e esses dois filmes levaram tudo. Quase tudo foi previsível", completou.
A atriz e ex-modelo Milla Jovovich usa um vestido alta-costura Elie Saab, da coleção de outono 2009, realmente digno de um tapete vermelho. Mais um modelo branco visto nessa edição do Oscar, com brilhos, contornando o corpo e com movimento na barra. Milla completa o visual com um cabelo retrô. A pincelada de cor no look vem com o batom vermelho. Belíssima escolha
Foto: Getty Images
A atriz Maria Menounos chega à entrega do 84º Oscar neste domingo, 26
Foto: Getty Images
A atriz argentina Bérénice Bejo vestiu um modelo Elie Saab em tom menta claro, com cristais e transparências. Próprio para o tapete vermelho, mas também com mangas compridas, que acaba deixando o look mais sério e senhoril, impressão aliviada pelo decote em "V". As dicas são de Rosângela Espinossi
Foto: Getty Images
Lea Thompson no tapete vermelho do Oscar
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Gleen Close, que concorreu ao Oscar por seu papel em 'Albert Nobbs', em que se passava por uma mulher travestida de homem, elegeu um vestido longo Zac Posen, em verde-escuro, combinando com um blazer com lapela de cetim, inspirado no smoking, peça típica do guarda-roupa masculino. Outra que soube escolher com elegância e discrição o modelo para a ocasião e para sua idade: dia 19 de março ela completa 65 anos
Foto: Getty Images
O tomara-que-caia laranja queimado de Michelle Williams também traz a cintura basque, mas com saia mais reta por baixo do sobrepano que parte da cintura. O modelo da Louis Vuitton figurou entre entre os mais bonitos da noite
Foto: Getty Images
Emma Stone usou um Giambattista Valli sem mangas e com gola alta finalizada por um laço na lateral. O modelo só podia vir mesmo com o cabelo preso, que ficou ótimo na atriz, para valorizar o modelo e alongar a silhueta. A clutch quadradinha e o bracelete completaram com elegância o look
Foto: Getty Images
A atriz Jéssica Chastain fez uma escolha difícil para o tapete vermelho e foi bem-sucedida com esse modelo tomara-que-caia preto bordado com motivos vegetais em dourado, lembrando uma roupa da realeza. O vestido é Alexander McQueen e ficou muito bem nela, que optou por deixar os cabelos com apenas alguns fios presos
Foto: Getty Images
Para o tapete vermelho, Jennifer Lopez mais uma vez escolheu um vestido Zuhair Murad, que valoriza suas formas e silhueta violão. Outra que optou pelo tom claro, dessa vez com listras de cristais e transparências que convergem para o centro do dorso, causando um bom efeito visual. A ousadia maior ficou por conta do decote, que pode causar alguma surpresa se sair do lugar. O modelo faz bem o estilo dela, mas apesar do brilho, faltou um pouco de glamour e drama para a ocasião
Foto: Getty Images
O dourado foi também a cor escolhida por Meryl Streep, 62 anos, para sentar pela 17ª vez à espera da terceira estatueta, que acabou levando pelo papel de Margaret Thatcher, em 'A Dama de Ferro'. Optou um vestido Lanvin exuberante e volumoso, uma das melhores escolhas da atriz ao passar por este tapete vermelho. O modelo, apesar das mangas compridas e de certo volume, tem um decote "V" aberto o que arejou a silhueta
Foto: Getty Images
A atriz Natalie Portman, que ganhou a estatueta de melhor atriz em 2011, optou por um modelo tomara-que-caia vermelho com poás Dior Vintage, de 1954. O modelo com esse decote e volume a partir da cintura, tão típico daquela década, é perfeito para ocasiões como essas, provando que apesar das tendências irem e virem, a elegância realmente é eterna. O diferencial ficou por conta da estampa, não tão comum nos tapetes vermelhos atuais
Foto: Getty Images
Penelope Ann Miller, atriz do favorito 'O Artista', chega à cerimônia de entrega do Oscar 2012
Foto: Getty Images
Mais uma que optou pelo tom claro foi Cameron Diaz, neste modelo Gucci Première tomara-que-caia justo em cima e ganhando volume a partir da lateral da saia. Uma das boas escolhas da noite, ainda mais para ela, que tem um corpo escultural. O movimento na parte inferior e os detalhes prateados dão fluidez ao vestido
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Leslie Mann posou para os fotógrafos no tapete vermelho
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É difícil Gwyneth Paltrow errar em suas escolhas para o tapete vermelho. Dessa vez, não foi diferente com esse vestido Tom Ford branco, uma das cores preferidas da noite. Até mesmo a capa, difícil de usar nessas ocasiões, porque limita os movimentos, ficou bem na atriz. O acessório depois for retirado e revelou a manga com certo volume nos ombros. O cabelo preso num rabo de cavalo baixo conferiu um ar clássico ao visual de Gwyneth que costuma usar os fios soltos
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Pouquíssimas atrizes optaram pelo preto nessa 84ª edição do Oscar. E coube a Angelina Jolie usar um modelo de veludo do Atelier Versace, com decote tomara-que-caia assimétrico, acinturado e com uma provocante fenda do lado direito. Não precisa dizer mais nada. Apesar da ousadia, estava magnífica, como sempre
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Jennifer Lopez e Cameron Diaz apresentaram as categorias de melhor figurino e melhor maquiagem
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Sandra Bullock apresentou o prêmio de melhor filme estrangeiro
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Melissa Leo apresentou a categoria melhor ator coadjuvante
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O próximo filme da Disney vai narrar o conto de fadas famoso 'Bela Adormecida' sobre a ótica da fada vilã - que será interpretada por Angelina Jolie. O filme começa a ser rodado em junho
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Milla Jovovich apresentou brevemente um resumo de prêmios técnicos entregues preliminarmente na premiação
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Durante a apresentação do tradicional quadro que relembra todas as mortes do mundo do cinema em 2011, Esperanza Spalding cantou uma versão versão de 'What A Wonderful World'
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Natalie Portman, vencedor de melhor atriz em 2011, apresenta o prêmio de melhor ator em 2012