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Um ano após 'Parasita', 'Minari' é sensação em Hollywood

Longa coreano já recebeu diversas indicações a prêmios, inclusive no Globo de Ouro, e foi acolhido amplamente por sua humanidade universal

17 fev 2021 - 14h44
(atualizado às 14h58)
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Um ano após a sátira sul-coreana Parasita tomar Hollywood de assalto, outro filme falado em coreano, Minari, está causando sensação durante a temporada de premiações.

Ator Steven Yeun em Beverly Hills
24/02/2019 REUTERS/Danny Moloshok
Ator Steven Yeun em Beverly Hills 24/02/2019 REUTERS/Danny Moloshok
Foto: Reuters

Mas os dois títulos não poderiam ser mais diferentes.

Parasita, que fez história em 2020 ao se tornar o primeiro filme em língua estrangeira a vencer o Oscar de melhor filme, é uma sátira sombria sobre as classes e a sociedade contemporânea da Coreia do Sul.

Minari, que está nos cinemas dos Estados Unidos e chega à Coreia do Sul em março, é uma história norte-americana terna e arquetípica sobre uma família de imigrantes que tenta se aprimorar criando uma fazenda no Arkansas nos anos 1980. Ao contrário de Parasita, ele foi concebido, produzido e filmado nos EUA.

"Eles falam coreano, trata-se de uma família e há alguma cultura coreana envolvida, mas acho que este filme fala muito do que a América é. Ele contém muitas pessoas fazendo muitas coisas diferentes, muitas ocupações diferentes, e neste sentido é muito diferente de 'Parasita'", disse seu diretor, Lee Isaac Chung.

História profundamente pessoal, o filme se baseia em parte na vida do próprio Chung enquanto crescia no Arkansas, mas não há sátira e mal se menciona o racismo.

Ao invés disso, o filme, que já recebeu diversas indicações a prêmios, inclusive no Globo de Ouro, foi acolhido amplamente por sua humanidade universal. As indicações ao Oscar ainda não foram anunciadas.

O ator coreano-norte-americano Steven Yeun, que interpreta o pai, disse que ficou aterrorizado ao aceitar o papel.

"Foi assustador abordar a geração de meu pai em um nível que não é só uma caricatura, mas tentando entender sua humanidade. Isso abriu meus olhos para as maneiras pelas quais eu podia entender mal meu próprio pai e também aquela geração", contou Yeun.

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