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Público fica preso em cinema no RJ após funcionários esquecerem da última sessão e irem embora

“Nos sentimos como no filme, rejeitados”, desabafou uma aposentada de 70 anos que estava no momento.

31 jan 2024 - 23h22
(atualizado em 1/2/2024 às 11h24)
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Público fica preso em cinema no RJ após funcionários esquecerem da última sessão e irem embora
Público fica preso em cinema no RJ após funcionários esquecerem da última sessão e irem embora
Foto: Reprodução/Getty Images

Cerca de 40 pessoas gritaram por socorro de dentro de um cinema em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, após funcionários esquecerem da última sessão e irem embora. O aconteceu no último sábado, 27, no Estação Net Rio, e levou cerca de 30 minutos até que o grupo ser libertado. 

“Naquele momento, a gente só queria liberdade. não sabíamos como proceder. Era como se estivéssemos órfãos ali. Olha, que drama, né? A gente ficou sem ação, desesperado. Havíamos acabado de assistir ao filme “Os rejeitados”. E nos sentimos assim: rejeitados”, contou a aposentada Ruth Kauffmann, de 70 anos, na seção de Cartas dos Leitores do jornal O Globo.

De acordo com o relato, o grupo percebeu que algo estava errado quando os créditos finais passaram e as luzes não foram acesas, como habitualmente acontece. No desespero, os espectadores buscaram a porta de saída no escuro e com ajuda das lanternas de celular. No saguão do cinema, descobriram que o lugar estava trancado. 

Foi acionado polícia, bombeiros e até quem passava pela rua. Na grade vazada, Ruth relembra a expressão de espanto das pessoas do lado de fora e percebeu que muitos sequer se aproximaram, com medo. “Essa é a cidade que a gente vive, né?”, diz a idosa. 

O caso foi até outro cinema do mesmo grupo localizado na Botafogo, por sorte, localizado na mesma rua. Por coincidência, dois funcionários responsáveis pela unidade ainda estavam por lá e quando souberam da situação foram imediatamente libertar os “rejeitados”. 

A justificativa, segundo eles, é que acreditavam que todas as projeções tinham sido encerradas. Um erro “absurdo e surreal”, classificou Adriana Ratter, sócia-fundadora do grupo de cinema. 

“Foi terrível, e ninguém imaginou que isso poderia acontecer. Depois de 40 anos em atividade, se tivéssemos feito isso mais de uma vez, já não estaríamos funcionando agora. Estamos a semana inteira digerindo o assunto. Imagina se essas pessoas tivessem passado a madrugada lá dentro? Tenho pesadelos só de pensar nisso”, disse Adriana. 

Ela pediu ainda que os espectadores que estiveram na tal sessão busquem contato com o cinema, pessoalmente ou via redes sociais. 

“Além do pedido de desculpas, queremos tentar oferecer alguma coisa que seja uma gentileza para o público, depois desse transtorno tão grande. Não quer dizer que resolveremos ou compensaremos esse problema... Mas queremos mostrar que, sim, estamos muito preocupados com o que aconteceu, chateados”, completou. 

De acordo com o jornal, os funcionários responsáveis foram afastados temporariamente. Com bom humor, Ruth recomendou o filme, onde um grupo é obrigado, contra a vontade, a passar um longo período juntos. 

Fonte: Redação Terra
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