"Queríamos mais filmes de dinossauros que não fossem apenas Jurassic Park": A estranha ficção científica que começou a tomar forma quando os diretores tinham 11 anos
Estrelado por Adam Driver, longa está em cartaz nos cinemas.
Um dos primeiros blockbusters de ficção científica do ano já está em cartaz nos cinemas brasileiros. Protagonizado por Adam Driver, 65 - Ameaça Pré-Histórica apresenta uma narrativa extremamente intensa, que tem levado a audiência a perder o fôlego com tantas sequências de ação.
A direção do filme está nas mãos de Scott Beck e Bryan Woods, roteiristas de Um Lugar Silencioso. A dupla se conheceu bem cedo, quando eles tinham apenas 11 anos. Eles compartilhavam o amor por filmes de dinossauros, mas gostariam de ter mais opções do que o clássico atemporal de Steven Spielberg: Jurassic Park.
Muitos anos se passaram desde seu encontro, mas agora, se a viagem no tempo existisse, eles poderiam voltar no tempo e dizer a seus eus adolescentes para adicionarem o vindouro projeto que iriam lançar em 2023.
"Tudo começou quando tínhamos 11 anos e precisávamos ver mais filmes de dinossauros além de Jurassic Park ", disse Beck ao SensaCine. "Falando agora, como adultos, há também a necessidade de contar uma história que fale de algo universal ", acrescenta o cineasta.
A trama acompanha o piloto Mills (Adam Driver), que, junto de Koa (Ariana Greenblatt), está viajando na imensidão do espaço quando problemas técnicos o obrigam a fazer um pouso de emergência em sua nave em um planeta alienígena.
Quando percebem que não estão sozinhos, sobreviver nesse ambiente hostil torna-se um verdadeiro desafio. Depois que o piloto do acidente descobre que o planeta também não é tão alienígena, mas sim uma versão pré-histórica da Terra e que ele viajou quase 65 milhões de anos no passado, o suor está estampado em seu rosto. Essa percepção fica ainda mais clara quando ele conhece os habitantes agressivos deste "novo" mundo, porque são dinossauros.
Com armas a laser e um arsenal futurista de armas, o piloto da nave encalhado na Terra do passado tem que defender a si mesmo e a garota contra lagartos gigantes que enlouqueceram e querem pegar as coleiras da dupla.
Sobre a premissa, o protagonista brinca que se surpreendeu com a forma como a narrativa coloca os personagens em um lugar recheado de ameaças e contrasta o mundo pré-histórico com elementos futuristas. "Essa foi a parte emocionante de fazer este filme. Havia coisas enormes como dinossauros, obviamente, e pré-história e armas a laser... mas eles não se interpõem entre essas duas pessoas que estão lidando externamente com o que está acontecendo internamente", explica Driver.
O ator continua: " Ele tem estado sozinho e isolado lidando com a perda. E ela está lidando com a perda em tempo real. Como eles não falam a mesma língua, eles precisam encontrar maneiras diferentes de se comunicar. [...] Ele não quer falar sobre a emoção que isso causa. Até que ele não pode evitar e ele cuida dela e eles se tornam essa família escolhida."
Para Greenblatt, a relação dos personagens também é um dos principais pontos da trama, além do emaranhado de sequências de tirar o fôlego. "Foi importante para Adam e para mim criar esse desenvolvimento de personagem. Ambos passaram por muitas perdas e só têm um ao outro. Eles têm essa conexão no final, depois de sobreviverem e perderem muita gente, e só agora têm um ao outro. é uma mensagem muito legal."
Com essa premissa que surgiu há algumas décadas, 65 - Ameaça Pré-Histórica segue em exibição nos cinemas.