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"Ruby Sparks" renova comédia romântica e revela talento de Zoe Kazan

11 out 2012 - 11h06
(atualizado às 14h10)
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De quando em quando, um filme renova um gênero e comprova que a vida inteligente sobrevive em qualquer lugar, mesmo na inóspita engrenagem da produção em massa de Hollywood, mesmo no terreno sufocado de clichês próprios do chamado "cinema independente".

A atriz Zoe Kazan posa durante o 59o Festival Berlinale de filmes, em Berlim, em 2009. Os diretores do sucesso "Pequena Miss Sunshine" (2006), que faturou mais de 100 milhões de dólares nas bilheterias, combinam, na medida certa, o espanto, a graça e a ternura do romance improvável entre um escritor precoce e genial, mas que vive um bloqueio criativo, Calvin Weir-Fields (Paul Dano), e uma adorável pintora, Ruby Sparks (Zoe Kazan), que nasceu diretamente de sua imaginação. 09/02/2009
A atriz Zoe Kazan posa durante o 59o Festival Berlinale de filmes, em Berlim, em 2009. Os diretores do sucesso "Pequena Miss Sunshine" (2006), que faturou mais de 100 milhões de dólares nas bilheterias, combinam, na medida certa, o espanto, a graça e a ternura do romance improvável entre um escritor precoce e genial, mas que vive um bloqueio criativo, Calvin Weir-Fields (Paul Dano), e uma adorável pintora, Ruby Sparks (Zoe Kazan), que nasceu diretamente de sua imaginação. 09/02/2009
Foto: Tobias Schwarz / Reuters

A última surpresa no rançoso reino da comédia romântica atende pelo nome de "Ruby Sparks - A Namorada Perfeita", da dupla de diretores Johathan Dayton e Valerie Faris.

Os diretores do sucesso "Pequena Miss Sunshine" (2006), que faturou mais de 100 milhões de dólares nas bilheterias, combinam, na medida certa, o espanto, a graça e a ternura do romance improvável entre um escritor precoce e genial, mas que vive um bloqueio criativo, Calvin Weir-Fields (Paul Dano), e uma adorável pintora, Ruby Sparks (Zoe Kazan), que nasceu diretamente de sua imaginação.

A estranheza que se sustenta ao longo deste primeiro roteiro assinado pela atriz Zoe Kazan, neta de Elia Kazan, é justamente um dos ingredientes essenciais para o seu sabor particular. Se Ruby é apenas uma personagem do novo livro de Calvin, isto quer dizer que ela não existe -- e que, portanto, ele está louco, já que a enxerga em seu apartamento?

Este é, na verdade, o ponto de partida, porque logo se constata que outras pessoas são capazes não só de ver como de conversar com Ruby, caso do irmão de Calvin, Harry (Chris Messina).

Como não se trata de alucinação coletiva, então Ruby existe -- ou passou a existir, por um desses mistérios inexplicáveis da existência, ou da criatividade literária, ou ambos. Uma das delícias da história, justamente, está em não estabelecer fronteiras rígidas demais entre arte e vida. Afinal, uma não alimenta a outra, tornando-a mais interessante, mais rica em nuances.

A mistura entre realidade e fantasia, aliás, aproveita-se muito bem do detalhe de que Paul e Zoe são namorados na vida real, injetando verdade em sua intimidade, entrosamento e inevitáveis conflitos. Porque, mesmo ideal como é, nascida dos sonhos de Calvin, Ruby, de repente, passa a exercer uma vontade própria que ele não previu, nem inventou.

Nova estranheza se instala nessa segunda metade do filme, quando se experimenta as possibilidades da criatura estar escapando aos ditames do criador -- e também se ele vai exercer até o final o seu "direito" de moldá-la à própria vontade.

Mesmo com esta sofisticação implícita no tecido mesmo de sua história, a roteirista, os atores e os diretores nunca perdem de vista que estão criando um romance vivo e, muitas vezes, divertido.

O fato de nem tudo estar garantido de antemão, como se o mocinho vai mesmo ficar com a mocinha no final, transforma-se em mais um elemento de emoção -- que há muito a esmagadora maioria das comédias românticas tem sido incapazes de despertar. Ainda mais com o mesmo frescor, ritmo e a imaginação deste filme, uma das apostas mais prováveis nas indicações ao Oscar 2013.

(Por Neusa Barbosa, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

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