'Cidade Invisível': elenco poderoso abre o jogo sobre a 2ª temporada
Os novos episódios chegam à Netflix nesta quarta, 22 de março.
'Cidade Invisível', de Carlos Saldanha, é uma das séries brasileiras de maior sucesso dos últimos tempos e a tendência é crescer ainda mais. Na segunda temporada, a produção mergulha nas raízes indígenas e culturais, abraçando um tom de suspense ainda mais sombrio.
Em entrevista, Marco Pigossi, contou como foi seu primeiro contato com a nova fase da série brasileira.
"A gente tinha um desafio muito grande de voltar com a série, manter as expectativas. A gente criou um universo e se perguntava para onde iríamos a partir dali. Saímos do urbano e fomos para a floresta, entramos no que é religião, crença, misticismo. A série se aprofundou nos povos originários, foram atores e diretores indígenas e criamos tudo em conjunto. O meu personagem volta de uma forma diferente, ele vai lidar com o sobrenatural de forma direta. Foi uma troca muito rica", afirmou.
Cuca foi um dos personagens mais emblemáticos da primeira temporada e Alessandra Negrini também comentou como foi se reconectar com o papel.
"Sempre é diferente, mas sempre é um merguho arrebatador, é denso. A proporção que tem a Cuca no imaginário brasileiro, é uma experiência forte. Não é simples, não é só colocar a roupa da Cuca, exige muito mais", disse.
Quem estreia com o pé direito na segunda temporada é Letícia Spiller, que interpreta uma entidade poderosa, a Matinta. Diante disso, a atriz falou sobre a experiência de encontrar com essa personagem.
"Esse momento de se achar com a personagem nunca existe, é sempre um acontecer. Essa personagem acontece no presente, foi um processo muito rico, me desconstruindo, dando lugar a outra coisa. Poder vivenciar a Matinta foi uma honra e responsabilidade muito grande, é uma entidade muito poderosa, que fala da ancestralidade, que traz o grito para a humanidade acordar", afirmou.
Outro personagem bastante aguardado na segunda temporada, é a Mula Sem Cabeça. Simone Spoladore conta que o foco era trazer uma releitura da personagem.
"Fiquei fascinada ao poder interpretrar a Mula Sem Cabeça e aqui a gente tentou contar a história de outra forma. Na história original, a mulher é punida por exercer a própria liberdade, agora ela vira a Mula por exercer essa liberdade e isso se torna uma benção", contou.
Zahy Tentehar, que mostra seu poder e talento nos capítulos da segunda temporada, também contou sobre sua conexão com a história e a importãncia de trazer os povos originários sem esteriotipar.
"Quando li, foi um tesão. Finalmente vi que poderia falar da questão indígena, sem ser naquela versão esteriotipada. Sempre lutei e questionei o motivo de sempre colocarem os indígenas à margem. Minhas referências estavam prontas, porque eu estava muito afim de falar", afirmou.
A 2ª temporada chega à Netflix nesta quarta, 22 de março.