Conheça 'O Salário do Medo': filme em alta da Netflix recria premiado clássico francês
Trama acompanha um grupo com a missão de transportar um material explosivo por estradas rochosas, infestadas de obstáculos
A Netflix, assim como toda indústria do entretenimento, é entusiasta das refilmagens e não deixa passar a oportunidade de contar uma história antiga para novas audiências. A mais recente aposta da plataforma nesse nicho é O Salário do Medo, remake do filme de 1953, um clássico francês. Em três semanas, a produção alcançou 5,8 milhões de visualizações globalmente, de acordo com dados da própria empresa computados até 14 de abril.
A versão do também francês Julien Leclercq - um expert em produções de ação - com a Netflix parte da mesma premissa. Um grupo de estrategistas (incluindo um homem com passado criminal e uma mulher com experiência no transporte de vacinas) precisam levar dois caminhões com nitroglicerina até uma área de refugiados em 24 horas, passando por um deserto cheio de ameaças letais. Minas explosivas e rebeldes armados são os obstáculos para conquistar uma recompensa milionária. O elenco conta com Franck Gastambide, Alban Lenoir, Ana Giradot e Sofiane Zermani.
Atualizar a história para o público atual significou, para Leclercq, criar novos personagens com motivações próprias e, principalmente, papéis femininos.
Enquanto o filme original é saudado como uma das grandes criações do cinema moderno, alçado ao posto de clássico, o remake da Netflix não recebeu muita atenção da crítica especializada. Pela temática acelerada e ambientação desértica, foi comparado às franquias Velozes e Furiosos e Mad Max. Mas nem trabalhando com cores e efeitos especiais conseguiu chegar ao patamar de O Salário do Medo de 1953: faltaram a carga emotiva e a ambiguidade moral que são essência da trama.
O filme já havia ganhado uma refilmagem no final dos anos 1970: o americano O Comboio do Medo, de William Friedkin, que foi um fracasso de bilheteria.