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'Emily em Paris': motivos para assistir (e também para não assistir) à série

Continuidade do seriado da Netflix sobre Emily Cooper traz looks novos e inusitados, mas falha em alguns pontos da história.

23 dez 2022 - 10h31
(atualizado às 12h15)
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Foto: lilyjcollins/Reprodução/Instagram

A terceira temporada de 'Emily em Paris' saiu na quarta-feira (21), com promessa de reviravoltas e outros looks ousados – tanto da protagonista, a publicitária Emily Cooper (Lily Collins), quanto do resto do elenco.

Agora, o público da Netflix acompanha Emily tentando se decidir entre trabalhar na Savoir, a empresa da chefe norte-americana, Madaline (Kate Walsh), e na nova firma de Sylvie (Philippine Leroy-Beaulieu).

Na vida pessoal, o romance com Alfie (Lucien Laviscount) continua em desenvolvimento. Porém, a tensão sexual histórica entre a protagonista e Gabriel (Lucas Bravo), que namora sua amiga e cliente Camille (Camille Razat), ainda é um dos destaques do roteiro.

Outros arcos ganham mais espaço, como a história de Mindy Chen (Ashley Park), a melhor amiga de Emily. Por isso, confira três motivos para assistir (e três para não assistir) à 3ª temporada de 'Emily em Paris':

*Contém spoilers

Motivos para assistir

Looks

As roupas de Emily Cooper chamam atenção desde a primeira temporada. Isso não difere na terceira parte da história. Com Marylin Fitoussi como figurinista da série, a protagonista continua com seu senso fashionista, mas se inspirando cada vez no estilo francês.

Como as botas coloridas e de cano alto, que Fitoussi apostou no figurino para representar a fase mais confiante de Emily.

"A figurinista teve a ideia de visualmente traduzir essa mudança [do momento de vida de Emily] com alterações na silhueta das roupas da protagonista, que está ficando mais ousada, vestindo cintura alta, calças largas, saltos grossos", disse Collins sobre os looks em entrevista à Netflix.

Um dos momentos "fashion" da série, inclusive, expressa muito bem a dúvida de Emily sobre qual proposta de trabalho aceitar. A situação ocorre quando as duas chefes de Emily, Madaline e Sylvie, usam o mesmo vestido em uma festa. "É um desastre fashion", brincou o personagem Luc (Bruno Gouery).

Naquela cena, a personalidade das rivais se torna visual. Com um vestido preto decotado e uma espécie de auréola nas costas, Madaline usa colares e pulseiras dourados para expressas um certo "exagero". Já Sylvie, que representa o estilo "menos é mais" de parisienses, só veste um pequeno brinco como acessório do look.

A situação lembra até programas como o extinto Fashion Police, do canal E! News, com a apresentadora Joan Rivers, morta em 2014, que avaliava quem vestia melhor as mesmas peças de roupa – além de julgar os looks de diversos artistas.

Coadjuvantes em destaque

Os coadjuvantes em 'Emily em Paris' ganham mais destaque na nova temporada. A história mostra o desenvolvimento da vida profissional e pessoal de alguns deles, como o arco de Mindy.

Ao contrário de muitas "melhores amigas" do cinema e streaming, cujo papel costuma "servir" a protagonista, Mindy tem a sua própria história. Além de viver dramas com seu atual namorado e um rapaz que ressurge em sua vida, ela é uma cantora que quer alcançar o sucesso em Paris.

A artista também ganha mais cenas na qual canta – solos ou duetos. Ela apresenta algumas músicas durante a temporada, como Don't Start Now, de Dua Lipa, e até uma versão francesa de Shallow, de Lady Gaga com Bradley Cooper.

Camille é outra que ganha o próprio enredo ao ter um caso e trair Gabriel. O namorado, por sua vez, trabalha para alavancar seu restaurante. Enquanto isso, Alfie está focado como o novo CFO da empresa de Antoine (William Abadie).

Essa escolha de roteiro enriquece a história e faz com que a série se torne mais interessante. "Antes era só o caos de Emily, agora todo mundo tem sua própria história caótica. Como um grande drama.", revelou Bravo à AP.

'Não fazer uma escolha também é uma escolha'

A terceira temporada fala (muito) sobre as escolhas que Emily precisa fazer, sejam profissionais ou pessoais. Uma frase que os roteiristas usaram muito foi: "Não fazer uma escolha também é uma escolha".

"Ela está fazendo escolhas para si mesma e se apegando a elas, não importa quais sejam as consequências – no romance, no trabalho, nas amizades e realmente abraçando a França e a língua francesa mais", diz Collins à Netflix.

Essa situação fez todo o sentido com os enredos das temporadas anteriores e, por isso, 'Emily em Paris' continua sendo uma boa distração.

Com uma história leve em 10 episódios de cerca de 30 minutos cada, é fácil assistir e se divertir com o seriado, seja depois do trabalho ou até durante o almoço.

"Ela está passando pela experiência que qualquer expatriado passa quando começa a passar um tempo em Paris: o estilo de vida francês começa a se infiltrar neles. Emily se torna mais uma cidadã de Paris à medida que a temporada avança", diz o produtor Darren Star sobre o novo roteiro.

Motivos para não assistir

Comédia ou caricatura?

Com o tanto de encrenca na qual a protagonista se envolve, 'Emily em Paris' sempre teve traços de comédia. A situação continuou a mesma na terceira temporada, mas com um tom diferente.

Em determinados momentos, as situações engraçadas parecem um pouco forçadas e se assemelham a uma caricatura. Exemplo disso é o encontro entre Sylvie e Madaline com vestidos iguais, que já foi citado acima. Ou quando Madaline está em uma reunião com executivos e um filtro de gatinho fica em seu rosto.

Isso não quer dizer que não existam situações inusitadas a ponto de deixar o espectador boquiaberto ou em choque.

Repetitiva

Os dramas da primeira e segunda temporada continuam iguais aos das anteriores. A sensação, então, é de repetição da história, que parece voltar para o mesmo lugar.

Um exemplo – e spoiler – é quando Sylvie consegue de volta o prédio da Savoir para abrigar sua nova agência. A sensação que dá é a de que a história das últimas duas temporadas não se desenvolveu na terceira e apenas continuou com o mesmo enredo das anteriores.

Além disso, alguns conflitos do começo da temporada têm uma resolução muito rápida – sequer duram um episódio. Isso faz parecer com que os roteiristas apressaram a história e não desenvolveram certos pontos.

Essa ocasião pode ser vista no início da terceira temporada, quando Emily e Alfie terminam o namoro. Ele volta para sua cidade natal, Londres, na Inglaterra, mas, em seguida, retorna a Paris a trabalho e os dois retomam o relacionamento – o conflito e a resolução duram menos que um episódio.

Propaganda descarada

É sensacional pensar que 'Emily em Paris' emplacou nomes enormes como McDonalds, Tiffany & Co e Air France na terceira temporada da série. Isso demonstra a grandeza e as conquistas da história sobre mercado de luxo e marketing.

As marcas, no entanto, não aparecem como uma simples menção: existem enredos para elas. Mesmo que seja a intenção, é similar a uma propaganda descarada das empresas. Para os espectadores, pode parecer se tratar mais um comercial do que uma série.

Como quando Emily e Gabriel vão ao McDonalds em Paris para mostrar que a rede de fast-food é um "luxo". Em determinadas cenas, focam nos macarons (um doce típico francês) como se estivessem em um comercial de comida.

Em outra ocasião, por exemplo, há um desfile só para possíveis roupas de comissárias de bordo da Air France.

Como são marcas conhecidas e que fazem sentido com a proposta da série, é possível se relacionar mais com essas menções e com o seriado.

Assista ao trailer:

Estadão
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