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Ícone dos quadrinhos argentinos, Mafalda vai virar animação na Netflix

Cineasta Juan José Campanella dirige e roteiriza adaptação da amada personagem de Quino

6 ago 2024 - 15h15
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Foto: Divulgação/Martins Fontes / Pipoca Moderna

A famosa personagem dos quadrinhos Mafalda, criada pelo argentino Quino, será transformada em uma animação pela Netflix. A produção, anunciada pelo serviço de streaming em parceria com o estúdio Mundoloco CGI, será dirigida, roteirizada e produzida pelo premiado diretor Juan José Campanella, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2010 por "O Segredo de Seus Olhos".

Preservando o legado de Quino

Campanella, que também atuará como showrunner do projeto, destacou a importância de manter a essência de Mafalda: "É nossa obrigação preservar o humor, o timing, a ironia e as observações de Quino […] Sonhamos que aqueles que são devotos dela [Mafalda] desde o início possam compartilhá-la com nossos filhos, e embora haja coisas reservadas apenas para adultos, todos possamos soltar uma gargalhada em família, e por que não, recorrer ao dicionário de vez em quando".

A luta de Mafalda

Mafalda foi criada por Joaquín Salvador Lavado, o Quino, em 1964, ano do golpe de estado no Brasil, como uma crítica disfarçada de criança às ditaduras militares na América do Sul. Os comentários ácidos da menina desaforada de esquerda foram publicadas em mais de 35 idiomas e se tornaram as tiras em quadrinhos mais populares da língua espanhola. Mas apesar de celebradas até hoje, sua existência foi de apenas nove anos, entre 1964 e 1973.

Quino deixou de fazer Mafalda quando ela virou desenho animado em 1973. Ele se afastou da personagem no auge de sua popularidade, mas também durante o processo de sua infantilização. Mafalda era para adultos. Parte desses desenhos depois foram editados num longa, que Quino também reprovou. Além disso, a ditadura militar na Argentina, que teve início em 24 de março de 1976 com um golpe que derrubou a então presidente María Estela Martínez de Perón, conhecida como Isabelita Perón, tirou Mafalda de circulação.

O artista teve mais boa vontade com a segunda série animada da personagem, desenvolvida em 1993 pelo cineasta cubano Juan Padrón, que era seu amigo íntimo e com quem desenvolveu, nos anos 1980, uma coleção de curtas batizadas de "Quinoscópio". Mas nem diante de muita insistência quis voltar a desenhar Mafalda.

Encontro de Quino com a nova produção

Antes de falecer em 2020, Quino visitou o escritório da nova produção e ficou encantado com a tecnologia que digitaliza os traços dos personagens: "Um gigante como ele, que inspirou gerações de desenhistas com seu traço, e muitos outros humoristas com seu senso de ironia e comentários perspicazes, estava dando forma a um traço, mas como nunca antes, sem tinta nem papel. Seu entusiasmo era o de uma criança com um brinquedo novo, fazendo dezenas de perguntas", revelou Campanella.

Além de Campanella, a equipe conta com Gastón Gorali como corroteirista e produtor geral, e Sergio Fernández como diretor de produção.

A data de estreia da série ainda não foi divulgada.

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