"Minha Lady Jane" é cancelada após uma única temporada
Série de época da Prime Video não terá continuidade, apesar de ótimas críticas
A Prime Video cancelou a série "Minha Lady Jane" após a exibição de apenas uma temporada. A decisão veio cerca de sete semanas após o lançamento dos oito episódios da 1ª e única temporada. A série, baseada no romance homônimo de Cynthia Hand, Brodi Ashton e Jodi Meadows, misturava romance com fantasia em um cenário alternativo da Inglaterra do século 16.
Assine Amazon Prime e os primeiros 30 dias são pagos pelo Terra
A decisão de cancelamento foi tomada apesar de elogios da crítica, que renderam 94% de aprovação para a produção no Rotten Tomatoes.
História alternativa
A trama reimaginava a história de Lady Jane Grey, uma nobre Tudor que, na vida real, foi rainha da Inglaterra por apenas nove dias após a morte do frágil rei Eduardo VI, antes de ser deposta e executada. A série, no entanto, oferece uma versão alternativa e completamente reimaginada desses eventos, dando um final diferente para a nobre interpretada por Emily Bader ("Atividade Paranormal: Ente Próximo").
Diferente dos eventos históricos, a série retrata um cenário onde o rei Eduardo VI não morreu jovem e nem Lady Jane foi executada. Em vez disso, a narrativa combina elementos de romance, aventura e fantasia, mostrando um mundo com seres fantásticos e conspirações políticas que atuam a favor e não contra a protagonista, fazendo com que ela tome seu destino nas próprias mãos e lute por conta própria, sem precisar da ajuda de cavaleiros em armaduras reluzentes.
Elenco e produção
O elenco destacava Edward Bluemel ("Killing Eve"), Dominic Cooper ("Preacher"), Anna Chancellor ("Quatro Casamentos e um Funeral") e Jordan Peters ("After: Depois da Promessa"), um ator negro, como o Rei Eduardo VI. A escolha exemplifica a tendência crescente de anacronismo racial em produções históricas, onde atores de diversas etnias são escalados para viver personagens que na literatura ou na vida real eram brancos. Essa abordagem busca promover a diversidade e a inclusão na indústria do entretenimento, mas sua proliferação também se presta a um revisionismo perigoso sobre o histórico de intolerância racial na época da escravatura.
A série foi criada pela estreante Gemma Burgess, que também atuou como co-showrunner ao lado de Meredith Glynn ("The Boys").