Rainha Cleópatra | Série da Netflix se envolve em polêmica com o Egito; entenda
A série Rainha Cleópatra revoltou o Egito ao escolher uma atriz negra para interpretar a governante. Entenda a retaliação sofrida pela trama da Netflix
A Netflix se prepara para lançar a série documental dramatizada Rainha Cleópatra, que vai contar a história de um dos maiores ícones políticos do Egito, que governou o país de 51 a.C. a 30 a.C.: Cleopatra VII Filopátor. Com o anúncio, no entanto, vieram algumas polêmicas.
A série Rainha Cleópatra estreia em quatro episódios para contar a história da vida da Cleópatra governando o Egito. A protagonista é interpretada por Adele James, uma mulher negra, e é a partir desse fato que a retaliação contra os responsáveis pela criação, produção e direção da série começa.
Críticas à Netflix
Assim que o elenco da série Rainha Cleópatra foi divulgado, a diretora da trama, Tina Gharavi, foi criticada pela escalação da protagonista, assim como a produtora executiva, Jada Pinkett Smith. Segundo o Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, Cleopatra VII Filopátor era uma mulher branca, pois tinha origem grega.
Confira na íntegra a declaração do departamento:
"A aparição da heroína é uma falsificação da história egípcia e um flagrante de falácia histórica, principalmente porque o filme é classificado como um documentário e não um trabalho de dramatização, o que exige aos responsáveis pela produção a apuração correta baseada em fatos históricos e científicos, garantindo que a história e as civilizações não sejam falsificadas.
A rejeição sentida pelo filme antes do seu lançamento é motivada pela defesa da história da Rainha Cleópatra VII, que foi uma parte importante e autêntica da história antiga do Egito, e distante de qualquer racismo étnico, com todo respeito às civilizações africanas e a nossos irmãos do continente africano que nos une".
A revolta foi tanta que até uma petição foi criada para que a série não fosse ao ar, adquirindo dezenas de milhares de assinaturas.
Resposta da Netflix
Em resposta à retaliação, os responsáveis pela produção da série da Netflix responderam dizendo que o foco da produção é mostrar que Cleópatra era uma mulher poderosa, independentemente da cor da sua pele.
Os responsáveis por Rainha Cleópatra revelaram ainda que trabalharam ao lado de historiadores e especialistas em Cleópatra e estudos africanos, como Shelley Halley e Sally-Ann Ashton.
"Exploramos a história de Cleópatra como uma rainha, estrategista e governante de intelector formidável", dizem os produtores. "Sua etnia não é o foco de Rainha Cleópatra, mas decidimos intencionalmente retratá-la com miscigenação para refletir teorias sobre possível ascendência egípcia de Cleópatra e da natureza multicultural do Egito antigo".
Rainha Cleópatra estreia no dia 10 de maio na Netflix, contando com quatro episódios.
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