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'Vidas Passadas' pode ser um filme doloroso, e diretora explica sua intenção ao gerar desconforto

O longa-metragem explora a conexão profunda entre Nora (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo). Os dois confrontam noções de amor, destino e as escolhas que fizeram na vida.

18 jan 2024 - 16h12
(atualizado às 16h28)
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Foto: A24 / Adoro Cinema

'Vidas Passadas' estreia em breve nos cinemas brasileiros, após passagens celebradas por grandes festivais de cinema do mundo —de Berlim ao Festival do Rio. No longa-metragem de estreia da sul-coreana Celine Song, acompanhamos dois amigos de infância: Nora (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo). Nutrindo uma conexão profunda, eles acabam se separando quando Nora emigra com a família da Coreia do Sul para o Canadá.

Vinte anos depois, os dois velhos amigos se veem diante de um reencontro difícil. E mesmo atravessado por diálogos dolorosos, um grande destaque do filme são, justamente, seus momentos de silêncio e suspensão. Podemos observar essas duas pessoas, tão diferentes, que, ao mesmo tempo, encontram uma na outra, um lugar extremamente familiar. E como quase tudo no cinema, esse efeito é totalmente proposital.

A intimidade e o estranhamento

Foto: Adoro Cinema

Para a diretora e roteirista Celine Song, 'Vidas Passadas' precisava ser difícil. Ela revela à Variety: "Da forma como esses silêncios têm que funcionar, precisamos saber o que foi dito antes e depois. Não existe uma linguagem literal, mas existe a linguagem que está acontecendo em suas performances, em seus rostos".

Há um nível em que isso deve ser desconfortável. É para parecer que essas duas pessoas não são do mesmo mundo - e não são

Nora saiu da Coreia. Hae Sung ficou. Neste reencontro, ambos encaram, na imagem do outro…

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