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Vitória: filme com Fernanda Montenegro se inspirou em história real de tráfico e caso policial

Vitória, filme com Fernanda Montenegro, teve inspiração em uma senhora que desmascarou um esquema de corrupção e tráfico usando uma filmadora

17 mar 2025 - 15h33
(atualizado às 15h39)
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Vitória: filme com Fernanda Montenegro tem história real por trás; saiba tudo
Vitória: filme com Fernanda Montenegro tem história real por trás; saiba tudo
Foto: Divulgação/Sony Pictures Brasil / Contigo

Vitória chegou as telonas do cinema com Fernanda Montenegro com a atriz vivendo a personagem Nina. "Armada" de uma filmadora, ela acabou com um esquema de corrupção e tráfico no Rio de Janeiro. A história é real e inspirada em Joana da Paz e a Contigo! te conta tudo sobre o caso abaixo.

O caso real aconteceu em nos anos 2000, mas tem um prelúdio antes disto. Dona Joana, moradora há 36 anos em um apartamento na zona sul do Rio de Janeiro, em Copacabana. Da janela dos fundos, a senhora de 80 anos enxergava a Ladeira dos Tabajaras. Ex-empregada doméstica e massoterapeuta, ela almejava apenas paz, porém a violência era total. Incomodada com tiros e com o tráfico em frente sua janela, Joana entrou com uma ação nos anos 90 contra o estado e as autoridades afirmaram que ela mentiu sobre os acontecimentos e alegaram que o tráfico era combatido pelo batalhão.

Munida de uma câmera

Dona Joana, então, comprou uma filmadora e gravou diversos crimes de sua janela. As fitas foram mostradas ao repórter Fábio Gusmão. As imagens mostravam traficantes e PMs envolvidos com o narcotráfico. Com a denúncia ficando público, mais de 30 pessoas foram presas. Joana ficou jurada de morte e entrou para o programa de proteção, mudando de nome e de cidade.

O caso ganhou a mídia nacional e internacional. O filme começou sua produção em 2022, antes da morte de Joana. Ela era fã de Fernanda Montenegro, mas sua escalação também caiu perfeitamente para despistar pistas do paradeiro dela: a senhora era negra e Fábio Gusmão é branco. No filme, o repórter é interpretado por Allan Rocha, um ator negro. O nome Vitória é ideia do jornalista, que publicava as matérias do caso no Extra na época.

Fábio Gusmão/2006/Agência O Globo
Fábio Gusmão/2006/Agência O Globo
Foto: Contigo

No obituário da senhora, Fábio justificou a escolha do nome: "Ela merecia ganhar um nome que traduzisse o que fez. Era digno um codinome para ela, diferente das iniciais que usamos jornalisticamente quando queremos proteger as fontes". Joana viveu 17 anos sob proteção e morreu aos 97 anos por um AVC em fevereiro de 2023. Morava em Salvador, Bahia. O jornalista lançou um livro e, posteriormente, em 2024, uma reedição chamada Dona Vitória Joana da Paz, da editora Planeta, com novos detalhes e desdobramentos do caso.

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