"Você precisa ser brutal": Bong Joon-ho quebrou tradição de Parasita em Mickey 17, sua nova ficção científica
Mickey 17 está em cartaz nos cinemas brasileiros.
Ao longo dos anos, Bong Joon-ho construiu uma filmografia impressionante que costuma ter as consequências da opressão sistêmica para a humanidade como tema recorrente. Em Parasita, ele levantou essa discussão no âmbito familiar e urbano e, agora, no espaço sideral em Mickey 17 , sua nova empreitada de ficção científica.
A história se desenrola em torno de Mickey Barnes (Robert Pattinson), um humano que, em meio a desastres naturais na Terra, se voluntaria — sem ter lido adequadamente os termos — a se tornar um trabalhador em um planeta distante. O emprego em questão é o que chamam de "descartável", um ser que será clonado e morto repetidas vezes em experimentos e exposições ao risco nessa nova dimensão.
O personagem começa como Mickey 1 e, após cada missão, perde suas memórias e começa uma nova vida — como Mickey 2, 3, 4 e por aí vai. A trama acompanha o momento em que Mickey 17 é dado como morto — sem ter morrido — e, quando volta à base, se depara com o seu clone Mickey 18, que é mais revoltado e consciente do sistema absurdo em que ambos vivem.
Bong Joon-ho decidiu romper com tradição própria no final de Mickey 17
Uma das escolhas que o diretor vencedor do Oscar tomou foi encerrar o filme de uma forma que ele nunca faz: com um final feliz. Ele decidiu quebrar o padrão dos encerramentos amargo…