Escobar faz revelação sobre quando era comissário de voo: 'Sabe o filme na cabeça? Passou'
Alex Escobar contou histórias sobre quando atuava como comissário de bordo, antes de se tornar jornalista, nos 'Altas Horas', na TV Globo
O jornalista Alex Escobar fez uma revelação no último sábado, 1º, sobre seu passado profissional. Antes de se tornar comentarista esportivo, Escobar atuava como comissário de bordo e, no programa Altas Horas, da TV Globo, contou um perrengue que viveu no ar em um avião que estava com pouco combustível.
Um dos convidados no programa comandado por Serginho Groisman, Escobar compartilhou histórias sobre sua atuação como comissário de bordo. O apresentador perguntou se, para trabalhar no atendimento dentro de aviões, os funcionários podem ser ansiosos.
Rindo, o jornalista explicou que costumava acalmar os passageiros durante o voo. "Às vezes, eu via no rosto da pessoa uma intranquilidade. Eu perguntava assim: 'É algum problema pessoal ou é o avião?', muitas vezes era 'Não, eu odeio avião', e eu começava a conversar", contou.
Em seguida, Escobar revelou uma passagem que rendeu um grande susto. Segundo ele, após um voo comercial, apenas ele e a tripulação voltaram ao aeroporto de origem. No entanto, um erro de cálculo na quantidade de combustível para a viagem de volta preocupou a equipe.
"A gente fez um voo que a gente levou o avião com passageiros e voltou sem, só a tripulação. E aí, um comandante levou e o outro estava trazendo" explicou o jornalista. Ele conta que, ao se aproximar do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, o avião demorou para pousar.
"O comandante que estava dormindo levantou, olhou na janela e foi correndo para dentro da cabine. Eu estava com um colega do lado, comissário também, e falei: 'Ficou nervoso ali, o negócio não está bom'. Depois sai um mecânico chorando e ele diz: 'Esse cara não botou combustível para alternar'.
'Alternar' é o termo utilizado quando uma aeronave está impedida de pousar no aeroporto de destino e deve pousar em um outro local anteriormente definido no plano de voo. Todos os planos de voo da aviação comercial devem conter uma opção de aeroporto para alternar o pouso caso haja algum problema com o local de destino. O combustível da aeronave, inclusive, é calculado pensando na necessidade de alternar o voo, somando, ainda, uma margem de segurança.
"Foi o que derrubou o avião da Chapecoense. Esse cara só colocou combustível até o Rio, para economizar dinheiro. Chegamos aqui, não dava para pousar e ia para onde? E o combustível ia acabando, ele não conseguia pousar, discutindo com a torre". Segundo Escobar, a solução encontrada pelo comandante foi levar a aeronave até o Aeroporto da Base Aérea de Santa Cruz.
A decisão preocupou a equipe pois, de acordo com o jornalista, a pista de pequeno porte poderia ceder com o peso da aeronave. "O avião era enorme, ele poderia afundar o chão quando pousasse, poderia varar a pista, mas ele foi para lá. Pousamos".
Apesar do pouso em segurança, Escobar conta que se sentiu preocupado com a manobra. "Nesse dia, eu fiquei um pouco [ansioso]. Sabe a coisa do filme na cabeça? Passou. 'Se eu morrer agora, deixa eu ver o que eu fiz, o que eu deixei de fazer'", finalizou, rindo.